segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O Caminho é a Vereda Antiga
Extraído do Manifesto Judaico do Caminho
Outra tentativa moderna de se responder aos anseios dos ser humano é
através de novas unções e revelações. Além das doutrinas que já foram criadas a
partir de tais conceitos, esses novos conceitos também são frequentemente usados
para atrair pessoas. O ser humano vive em busca de novidades. Existem livros,
músicas, ministérios e práticas das mais variadas referindo‐se, direta ou
indiretamente, a uma "nova unção".
Mas o que a Bíblia tem a dizer a respeito?
Primeiramente, a Bíblia diz:
"O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de
novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos
séculos passados, que foram antes de nós." (Cohelet/Eclesiastes 1:89)
O texto é claro: Não existe nada de novo debaixo do sol. Tudo o que temos e
vemos hoje nada mais é do que uma repetição do que o homem já realizou.
Considerando que nos tempos de Shlomo (Salomão) não havia, por exemplo, luz
elétrica, como podemos entender esse texto?
O texto se refere às tentativas do homem de responder aos anseios do seu
coração. As respostas que se tenta dar são as mesmas, os pecados são os mesmos,
enfim, os resultados são os mesmos. Assim sendo, fica difícil crer que exista uma
"nova unção" uma vez que a Bíblia nos afirma que nada há de novo debaixo do sol.
Ora, se uma unção é nova, ela certamente não é uma prática que foi realizada
nos tempos bíblicos. Pois todas as práticas realizadas nos tempos bíblicos estão
muito bem documentadas nos relatos das Escrituras, e de novo não têm nada.
Mas, se as práticas novas não são práticas bíblicas, e se não existe nada de
novo debaixo do sol, então podemos dizer que as outras nações já praticavam tais
coisas, fora da fé bíblica. Será à toa que muitas dessas "novas unções" são práticas
idênticas a cultos primitivos, como o xamanismo, os cultos afro, etc.? Ou em que
diferem das práticas antigas que buscavam dos deuses a prosperidade dando‐lhes
algo em troca, como "sacrifício"? Mudam‐se os termos; muda‐se a roupagem; mudase
o discurso, mas a essência é a mesma.
Sobre isso, a Bíblia nos adverte:
"Ouvi a palavra que YHWH vos fala a vós, ó casa de Israel. Assim diz YHWH: Não
aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com
eles se atemorizam as nações. Porque os costumes dos povos são vãos..."
(Yirmiyahu/Jeremias 10:13a)
Aqui, o profeta nos diz que as nações realizavam sinais assustadores, que
espantavam a quem quer que os visse. Porém, Elohim é enfático. Ele nos diz para
não nos impressionarmos com tais coisas, e diz que esses costumes são vãos.
Mas então, o que a Bíblia nos afirma que devemos buscar? A resposta está
nas veredas antigas! A Bíblia diz:
"Assim diz YHWH: Pondevos
nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas,
qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas
eles dizem: Não andaremos nele." (Yirmiyahu/Jeremias 6:16)
Mas, afinal, o que é a vereda antiga? E que caminho é esse de que o povo se desviou?
O profeta afirma:
"Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos ao som da trombeta; mas
dizem: Não escutaremos. Portanto ouvi, vós, nações; e informate
tu, ó congregação, do
que se faz entre eles! Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio
fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras, e
rejeitam a minha Torá." (Yirmiyahu/Jeremias 6:1719)
O caminho que vemos relatado acima, em Yirmiyahu (Jeremias) não é o
caminho para uma nova religião, é para a fé do Sinai. Não é rejeitando a Torá, muito
pelo contrário, é voltando para ela.
Cada vez mais nos aproximamos do cumprimento de uma profecia que diz:
"Eis que vêm dias, diz Adonai YHWH, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de
pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras de YHWH. E irão errantes de um mar
até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a
palavra de YHWH, mas não a acharão. Naquele dia as virgens formosas e os jovens
desmaiarão de sede." (Amos 8:1113)
A fome aqui representada não é o desejo ardente, como alguns pensam. Aqui,
fome é escassez. De tanto o homem rejeitar a Palavra, o Eterno fará secar as fontes, e
prevalecerá a iniquidade, pois tem sido o desejo deste mundo.
Devemos nos conscientizarmos de nossa missão de alimentarmos o mundo
com a Palavra das veredas antigas, pois nenhum alimento é sólido se não tiver base
bíblica. E, certamente, essas novas unções só trarão o mal, a decepção, e levarão o
povo à apostasia. Muitos deixarão de crer nas Escrituras, porque aqueles que
deveriam ensiná‐la o fazem de forma distorcida, e é muito difícil para um povo que
conhece pouco da Palavra separar o que é a Palavra do que é doutrina de homens.
A Verdadeira Fé
Yehudá/Judas nos diz ainda:
"Meus amados, faço o meu melhor para vos escrever acerca de nossa vida interior. É
importante vos escrever, para vos persuadir a lutarem em prol da nossa fé, a qual uma
única vez entregue aos santos." (Yehudá/Judas 1:3)
O termo aqui traduzido como "uma única vez" é o aramaico " d’achda z’ban"
que significa literalmente "num único tempo". Isto significa que, desde os
primórdios, o plano de Elohim para o homem jamais mudou. A fé permanece a
mesma, desde os princípios. É por esta razão que Elohim nos recomenda buscarmos
as veredas antigas.
"Porque eu, YHWH, não mudo." (Malachi/Malaquias 3:6)
Se a fé bíblica começou com uma única revelação, e se hoje existem inúmeras
religiões e revelações afirmando serem bíblicas, é porque em alguns momentos
houve mudanças. E essas mudanças não podem ter sido introduzidas por Elohim,
pois Elohim não muda. O homem é o autor das mudanças.
Assim sendo, buscar o caminho da verdade passa pelo retorno às veredas
antigas. É preciso nos livrarmos de tudo aquilo que foi acrescido, adaptado ou
modificado pelo homem, e resgatarmos tudo aquilo que os homems deixaram de
lado. Isso inclui qualquer interpretação da Bíblia que a anule, revogue ou modifique
em sua essência, quer total ou parcialmente.
ToraViva - O Evangelho de Gênesis
O Evangelho de Gênesis
Por Sha'ul Ben Tsion
(baseado em diversas fontes de sites messiânicos)
1 Introdução
Não, caro leitor, não precisa esfregar os olhos pra ver se leu direito: é isso mesmo! O assunto deste
artigo é o Evangelho de Bereshit (Gênesis)!
Bereshit?! Mas peraí! Toda criança sabe que o livro de Bereshit trata da criação e da origem do povo
de Israel. Onde estão as boas novas do evangelho de Yeshua?
Na realidade, o Evangelho pode ser encontrado no livro de Bereshit! A Palavra do Eterno é viva, pois
foi escrita pela Ruach HaKodesh (Espírito Santo). Há muito tempo, existe na tradição judaica uma forma de
se pesquisar a Palavra para encontrar esta `assinatura' da Ruach.
2 – Aquilo Que Todo Mundo 'Pula'
Esta fantástica descoberta, utilizando o nivel Sod, que é um dos níveis de interpretação das escrituras
no Judaismo, utilizado para revelar mensagens 'escondidas', encontrase
numa das passagens mais puladas
de toda a Bíblia: a genealogia de Noah (Noé)!
3 – PanodeFundo
O pano de fundo é o seguinte: o mundo encontravase
à beira da corrupção total. Poucos eram os que
ainda de fato se relacionavam com Elohim. Exatamente como na ocasião da primeira vinda do Messias, e
também como na descrição de como estará o mundo antes da segunda vinda. Mas a Ruach (Espírito) queria
dar ao mundo a demonstração de que um dia o Amor de Elohim resgataria a todos os pecadores .
4 – O 'Segredo'
O segredo está em olharmos os nomes em hebraico da genealogia de Noach (Noé), pois cada nome em
hebraico possui um significado.
Eis a genealogia:
Adam >
Seth >
Enosh >
Kenan >
Mahalalel >
Jared >
Enoch >
Methuselah >
Lamech >
Noah
www.torahviva.org 1
ToraViva - O Evangelho de Gênesis
Vamos ao significado em hebraico:
Nome >
Significado
Adam >
Homem
Seth >
Apontado
Enosh >
Mortal
Kenan >
Aflição, Sofrimento
Mahalalel >
O Elohim Bendito
Jared >
Descerá
Enoch >
Ensinando, Ensinamento
Methuselah >
Sua morte trará
Lamech >
O desesperado
Noah >
Conforto, Descanso
A frase formada é fascinante:
`[AO] HOMEM É APONTADA MORTAL AFLIÇÃO, [MAS] O ELOHIM BENDITO DESCERÁ
ENSINANDO [QUE] SUA MORTE TRARÁ AO DESESPERADO [O] CONFORTO/DESCANSO'
Esta aí: o plano de salvação diretamente do livro de Bereshit (Gênesis)!!!!
Elohim é maravilhoso!!! Baruch HaShem (Bentido é O Nome do SNHOR)!
Shalom alechem, (Paz sobre vocês)
Sha'ul Bentsion
© 2005 Grupo
Torah Viva
Proibida a venda, modificação, ou impressão em larga escala, sem o prévio consentimento do autor.
www.torahviva.org 2
Série Chaves para o Reino (Para Quem está Começando na Restauração da Fé)
Parte 12 – A Chave do Nome da Salvação
Rav. Dani'el Rendelman
Traduzido e Adaptado por Sha'ul Bentsion
Introdução
Quando se trata de dar um nome a um bebê, muitos pais são bastante exigentes. Às vezes
um nome é escolhido para honrar a memória de uma pessoa amada. Outros nomes são
inspirados por filmes, amigos, ou simplesmente pelo som. O nome de um bebê
normalmente traz um significado ou uma memória especial. A cada ano, uma lista dos
nomes mais populares é compliada e então comparada aos anos anteriores. Recentemente,
nomes como Jacó, Josué, Abigail, Emília e Olivia estiveram entre os mais populares em
2006.
Cerca de dois mil anos atrás, um menininho recebeu um nome especial de seus pais. Ele
não recebeu o nome de uma estrela de novela, mas um nome em harmonia com a direção
dada por anjos. “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o
seu povo dos seus pecados.” (Mateus 1:21). É claro que este versículo foi traduzido para o
português. Originalmente, os anjos falaram a esse casal judeu em hebraico. Na realidade, o
bebê recebeu um nome hebraico. (O português só veio a ser falado milhares de anos
depois). A criança foi chamada de “Yeshua”, que é a palavra exata no hebraico para
“salvação.” Este bebê veio trazer a salvação. Seu nome de fato significa salvação. Cada vez
que alguém usava o nome dele, estava na realidade falando a palavra “salvação.” Isto é
fácil de passar desapercebido, uma vez que a maioria das pessoas não lê nem escreve
hebraico. Isto prova que para adquirir uma plena compreensão, devemos estudar o hebraico
e aprender acerca da cultura hebréia que cerca a Bíblia. Usar o Seu verdadeiro Nome
hebraico O coloca de volta no verdadeiro contexto da Sua vida, o qual nos ajuda a entender
melhor as Suas ações e palavras.
O Significado do Hebraico e o Nome do Salvador
O hebraico é uma língua incrível. Ela parece mais com hieroglifos do que com o português,
no sentido de que cada letra hebraica é repleta de significado e simbolismo. No inglês, um
“a” é um “a” e nada mais. Porém no hebraico, cada palavra representa um número, e um
desenho baseado em grafias antigas. Uma palavra hebraica pode ser melhor entendida
examinando cada letra usada e comparando como elas correspondem e se relacionam uma
com a outra. Por exemplo, não há nada de especial na palavra portuguesa “cachorro.”
Contudo, no hebraico um cachorro é “kelev.” Este termo hebraico para “cachorro”
comunica profundidade e definição do que é um “kelev.” Kelev é uma palavra composta,
derivada de dois termos hebraicos básicos. “Ke” no hebraico significa “como” ou
“semelhante a”. Enquanto “lev” no hebraico significa “coração.” Kelev é uma palavra
hebraica que ilustra o fato de um cachorro ser “como o coração” de um homem. Isto é, o
cachorro é o melhor amigo do homem. Uau! (Ou melhor seria dizer auau?)
Logo, não é motivo de surpresa o fato do nome do Salvador também ser altamente
simbólico. Em seu sentido mais básico, o nome do Messias foi explicado quando foi dado
pelos anjos. “ela dará à luz um filho, e ela o chamará Yeshua; porque ele salvará o seu
povo de todos os seus pecados.” (Mateus 1:21). Claramente, “Yeshua” significa salvação.
Este significado é ainda expandido quando examinamos cada letra do nome do salvador.
No hebraico, “Yeshua” se escreve com as letras Yud-Shin-Vav-Ayin. Juntas, essas letras
exibem poderosamente a vida e o ministério do Salvador.
A Letra Yud
A primeira letra do Nome do Salvador é o “yud.” O yud também é a primeira letra do
Nome Sagrado do Pai, que se escreve Yud-Hey-Vav-Hey (YHWH). YHWH é o Nome que
foi dado a Moshe na sarça ardente. Este nome deve ser usado como um “memorial eterno”
(Êxodo 3:15) por todos os que crêem na Bíblia. YHWH significa “ser.” YHWH é, e
YHWH é o Seu Nome. Contudo, o Seu Nome tem ficado escondido por trás das palavras
“Senhor” e “Deus” nas Bíblias modernas. Hoje, contudo, pessoas do mundo todo estão
rejeitando títulos falsos e aceitando o verdadeiro Nome do Pai. A profecia de Sofonias 3:9
está se realizando: “Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos
invoquem o nome de YHWH, para que o sirvam com um mesmo consenso." YHWH está
restaurando a língua sagrada do hebraico e a majestade do Seu Nome, a começar pelo yud.
A escrita moderna da letra Yud parece com um til suspenso no ar. A palavra hebraica
“yud” significa “braço ou mão”. O “braço ou mão de YHWH” é uma expressão repetida
várias e várias vezes nas Escrituras. Esta expressão ilustra força e poder, apontando para
Yeshua, o Messias. Foi o braço de YHWH que venceu Faraó e o seu exército. E o salmista
declarou: “espalhaste os teus inimigos com o teu braço forte.” (Sl. 89:10). O braço de
YHWH traz livramento e vitória. Sempre que você ler sobre a mão ou o braço de YHWH
na Bíblia, é uma referência profética a Yeshua.
A Letra Vav
Outra letra que existe tanto no Nome “YHWH” quanto em “Yeshua” é o vav. Esta letra
parece um gancho e significa “prego.” O vav também é o número 6, o número do homem.
Yeshua veio como Filho do Homem. Ele é YHWH feito carne. O que o vav nos ensina
sobre Yeshua? Lembre-se que as letras hebraicas são desenhos e símbolos. A conexão entre
estas letras é evidente. Yeshua (o Yud) veio como Filho do Homem (o Vav) para oferecer
Sua vida como sacrifício. As suas mãos (Yud) foram perfuradas por um prego (Vav) para
trazer yeshuah (salvação). Yeshua foi crucificado através de suas mãos e pés, conforme
profetisado no Salmo 22:16: “Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me
cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.” As letras no Nome de Yeshua profetizam sobre
a Sua morte. Não há outro nome dado ao homem para salvação. Mas, por que Ele teve que
morrer uma morte tão cruel? Esta questão também é respondida por Seu Nome.
Yeshua veio oferecer a Sua vida para remediar o pecado e a morte. Contudo, quando você
lê o termo “salvação” (yeshuah) em uma Bíblia em português, é praticamente certo que seja
o Nome do Messias (acrescido de um Hey) traduzido do hebraico. De fato, Seu Nome pode
ser encontrado ao longo de todo o Primeiro Testamento. Quando o Patriarca Jacó
(Ya’akov, no hebraico) orou em Gênesis 49:18, na realidade ele usou o Nome do Salvador
que havia de vir. Ele disse: “A tua Yeshuah/salvação espero!” Ya’akov confiou em Yeshua
mesmo antes de Yeshua nascer neste mundo! No Salmo 62:6, David também proclama a
sua fé em Yeshua: “Só ele é a minha rocha e a minha Yeshuah/salvação; é a minha defesa;
não serei abalado.” As pessoas que viveram durante os tempos do Primeiro Testamento
foram redimidas ao depositarem a sua fé em Yeshua. O sistema sacrificial nunca salvou
ninguém. Em Hebreus 10:4 lemos: “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes
expie por pecados e iniquidades.” A Yeshuah/salvação sempre foi por meio da graça
através da fé na Yeshuah/salvação do Todo-Poderoso.
A Salvação e a Torá
O Seu próprio Nome não apenas significa salvação, mas é salvação! “E em nenhum outro
homem há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado aos filhos dos
homens pelo qual é certo que tenham vida.” (Atos 4:12). Yeshua veio para nos salvar dos
nossos pecados e para redimir o homem da maldição descrita na Lei (isto é, da maldição
resultante do pecado). Ele NÃO veio remover a Lei, ou “Torá” no hebraico. A Torá são os
cinco primeiros livros da Bíblia. Esses livros explicam como um crente deve viver a sua fé.
Instruções são dadas na Torá para cada aspecto da vida, inclusive como se relacionar com o
próximo e como adorar a YHWH corretamente. A desobediência aos mandamentos da
Torá é chamada de “pecado.” A Torá explica o que é o pecado. Mas a Torá em si não é o
pecado. Romanos 7:12: “ De modo que a Torá é santa, e a mitsvá santa, justa e boa.”
Yeshua não veio nos salvar da Lei, mas sim da nossa transgressão à Lei. No capítulo 5 de
Mateus, Ele disse: “Não penseis que vim abolir a Torá ou os profetas;” Yeshua pagou o
preço pela transgressão da humanidade à Torá. Ele sofreu as maldições da nossa
desobediência. As duas letras remanescentes no Nome de Yeshua demonstram como Ele
venceu a maldição do pecado.
As Letras Shin e Ayin
Essas duas últimas letras no maravilhoso Nome do Messias são o “shin” e o “ayin.” Essas
letras têm uma conexão especial, então serão analisadas em conjunto. O shin se assemelha
a um “w”, e é uma das letras mais comuns do hebraico. No paleo-hebraico, o shin se
assemelhava à figura de um dente. Hoje, a palavra hebraica “shin” significa “dente ou
mascar.”
A última letra do Nome de Yeshua é o “ayin.” Nos tempos antigos, essa letra tinha o
desenho semelhante a um olho. No hebraico moderno, a palavra ayin significa “olho.” O
olho e o dente, o ayin e o shin, mostram o poder do pecado. Combinados, o yud, shin, vav,
ayin mostram o poder de YHWH.
No direito, existe um princípio chamado “lex talionis.” Esta forma de direito diz que a
punição deve ser adequada ao crime. Na Lei de Moisés, a Torá, as punições são dadas por
diferentes ofensas contra YHWH ou homem. A Torá explica em termos exatos como uma
pessoa deve tratar o seu próprio e adorar a YHWH. O pecado vem quando a pessoa não
segue a Torá. “O pecado é a transgressão da Torá” diz 1 João. A punição para pecados,
grandes ou pequenos, é a separação de YHWH. Esta é a maldição descrita na Torá. “O
salário do pecado é a morte.” (Romanos 6:23). Todos pecaram e portanto estão em débito
quanto aos requisitos da Torá. Todos, à exceção de um – o Messias Yeshua. O Filho sem
pecado de YHWH pagou o preço do pecado e morreu a morte de um pecador. A Torá
requer justiça para todo pecado da humanidade. A Torá determina “olho por olho e dente
por dente.”
“Mas se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por
mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.” (Êxodo
21:23-25). A Torá requer olho por olho – ayin por ayin, e dente por dente – shin por shin.
Aqui, a Torá chama por “lex talionis” ou punição exata pelo crime. O crime é o pecado. A
punição é a morte. Nós somos os acusados. Yeshua voluntariamente tomou a nossa punição
e morreu em nosso lugar. A justiça da Torá, que requeria o ayin (olho) e o dente (shin), foi
cumprida quando foi pregada (vav) a mão (yud) de Yeshua. A misericórdia pagou o preço
da justiça. Yeshua ofereceu a Sua vida por nós, cumprindo a demanda de “olho por olho,
dente por dente.” Colossenses 2:14 diz: “e havendo riscado, por sua ordenança, o escrito de
nossas dívidas que havia contra nós. Mas ele o removeu-o do meio de nós, firmando-o ao
seu madeiro;”
A Palavra Se Fez Carne
Nos é dito em João 1:17 que “a Palavra se fez carne e tabernaculou entre nós.” Este
versículo não é brincadeira. A Palavra à qual se refere este versículo é o Antigo
Testamento. Evidentemente, estes livros foram escritos no hebraico. Parafraseando,
podemos dizer que o alfabeto hebraico se fez carne e tabernaculou entre nós. A Palavra
Viva veio e deu a Sua vida, conforme o Seu Nome profetiza. “Mas agora, no Mashiach
Yeshua, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue do Mashiach chegastes perto.”
(Efésios 2:13)
O bebê que nasceu há mais de dois mil anos recebeu o nome adequado. O mundo é culpado
de pecado e portanto merece juízo e ira. Porém, uma pessoa pode ser salva do juízo e da ira
ao confiar em YHWH Yeshua, isto é, na salvação de YHWH. A Sua vida é um exemplo
vivo para seguirmos. Você confia em Yeshua para a sua salvação? A obediência à Torá não
te salva. As boas obras não te salvam. Linhagem judaica não te salva. Membrezia em uma
congregação não te salva. Somos salvos pela pessoa e pelo Nome de Yeshua! Bendito seja
o Seu maravilhoso Nome!
O Dia de Yokhanan (João) - ^ Topo

O Aramaico Esclarece o Apocalipse
Por Sha’ul Bentsion
Baseado em material de Joe Vial

1 - Introdução

Em meu estudo recente do manuscrito Crawford de Apocalipse (em aramaico), encontrei uma situação inusitada logo de cara.

Em Ap. 1:10, na qual Yokhanan (João) diz em que dia ele teve a visão, encontramos a expressão "yomá d'khad'bsába".
0bsb9dxd 0mwy

2 – Quando Foi Yokhanan Tomado Pela Ruach?

Essa expressão significa literalmente "Primeiro Dia do Sétimo". Alguns tentam supor que esta leitura significaria "no primeiro dia da semana", mas seria uma leitura pouco usual no aramaico. O mais correto seria traduzir como "Primeiro Dia do 7o. Mês" - Mas será que isso tem fundamento na Torá? O que diz a Torá sobre esta época?

"Semelhantemente, tereis santa convocação no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum trabalho servil fareis; será para vós dia de soar o shofar." (Bamidbar/Números 25:1)

Sabemos que este é um dia em que se soa o shofar, conhecido como Yom Teruá. Agora, o que mais podemos achar sobre o soar o shofar na Palavra?

"Por isso se expiará a iniqüidade de Ya’akov (Jacó), e este será todo o fruto de se haver tirado seu pecado... E será naquele dia que se tocará um shofar gadol, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão a YHWH no monte santo em Yerushalayim." (Yeshayahu/Isaías 27:9-13)

Então este será o dia do chamado "arrebatamento" de Israel, o dia em que todos seremos levados à nova Yerushalayim. E o que mais dizem as Escrituras sobre este dia?

"Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som do shofar de Elohim, e os que morreram no Mashiach ressuscitarão primeiro." (1 Tess. 4:16)

Não é difícil perceber que Yom Teruá (o “Dia do Toque do Shofar”) é uma festa profética que aponta para o dia em que o Mashiach retornará à terra.

3 – A Confirmação de Apocalipse

Mas como podemos ter certeza de que Yokhanan se refere a Yom Teruá?

Se continuarmos no livro de Apocalipse, perceberemos que a temática do livro é idêntica à mística judaica que envolve a época das festas bíblicas de outono. As vestes de Yeshua em Apocalipse 1 são idênticas a Daniel 7, onde a temática também é o julgamento. Na tradição judaica esta época é associada ao juízo, pois o Yom Kipur, o décimo-quinto dia do sétimo mês, é o “Dia da Expiação”. A temática de Apocalipse é cheia destes elementos: portas, selos e livros sendo abertos e fechados, julgamento e redenção, etc.

Agora vamos para outra questão: será que Yokhanan está falando do dia em que ele teve a visão? O aramaico permite duas leituras:

- A primeira delas seria a de que Yokhanan teria sido tomado em mistério no próprio Yom Teruá, quando Yeshua teria então revelado a ele o verdadeiro significado profético do Yom Teruá.
- A segunda seria a de que Yokhanan teria sido tomado pela Ruach e teria sido “levado” até o Yom Teruá final, o Dia de Yeshua.

Pela forma em que o texto é escrito, a segunda opção é a mais viável, embora a primeira não deixe de ser possível

4 - O Dia do S-nhor

Fazendo uma análise do aramaico, não é difícil perceber por que o grego traduz a expressão "yomá d'khad'bsába" (0bsb9dxd 0mwy)como “kurios hemera” (kurioj hmera), Dia do S-nhor. Possivelmente, quem leria o grego não entenderia a referência ao Yom Teruá. Portanto, o tradutor optou pela clareza do sentido, simbolizando que Yokhanan teria visto “o Dia do
S-nhor”, isto é, o Dia da volta do Messias.

Munidos da cultura romana de muitos séculos depois, alguns passaram a tentar propor que este “Dia do S-nhor” seria o domingo. Contudo esta leitura não faz o menor sentido por três motivos:

- Primeiramente porque não existia o domingo na sociedade judaica. O “primeiro dia” ao qual Yeshua ressuscitou é Yom Rishon, o primeiro dia semana no calendário judaico, que começa ao pôr-do-sol de sábado
- Em segundo lugar, porque a associação do domingo como sendo o “Dia do S-nhor” é criação da igreja já paganizada, e não uma idéia original
- Em terceiro e último lugar, porque jamais “kurios hemera” poderia ter sido traduzido para o aramaico (supondo uma falsa premissa de primazia grega) como “primeiro do sétimo” – não faria o menor sentido

Não é difícil verificarmos que, na Bíblia, não existe referência alguma ao domingo como “Dia do S-nhor”.

5 - O Nível SOD

O mais interessante desta análise é que podemos ver claramente que o livro inteiro de Apocalipse é uma leitura nível SOD (vide artigo sobre como interpretar as Escrituras como um judeu) dos eventos que se sucedem entre Rosh HaShaná (Yom Teruá) e Yom Kipur.

Ou seja, para entendermos corretamente este livro, precisamos conhecer bem a tradição judaica a respeito de Rosh HaShaná, do Yom Kipur, e do julgamento que há entre eles.

6 - Conclusão

A leitura mais provável, embora um pouco interpretativa, de Apocalipse 1:10 é:

“Eu fui levado [em visão] pela Ruach até o Yom Teruá [Final]...”

E nos indica que, para entendermos tanto a cronologia quanto o simbolismo de Apocalipse, é fundamental estudarmos a Torá com relação às Festas Bíblicas de Outono, bem como conhecermos a tradição judaica referente a este período, para podermos entender a figura de linguagem aplicada por Yokhanan.
ARREBATAMENTO PRE-TRIBULACIONISTA: UMA PERIGOSA HERESIA
Por Dr. James S. Trimm
Traduzido e Adaptado por Sha’ ul Bentsion
1 - INTRODUÇÃO
A doutrina do arrebatamento pré-tribulacionista é uma doutrina cristã tardia que tem ameaçado o
Judaísmo Messiânico. Esta doutrina cristã só teve início no século dezenove. Tal teologia tem agora ameaçado
encontrar eco no movimento messiânico. Este artigo provará que a doutrina do arrebatamento prétribulacionista
é:
1 – Uma invenção moderna do Cristianismo que NÃO TEM NENHUMA raiz judaica de qualquer
tipo
2 – Uma doutrina que vai totalmente contra as Escrituras
3 – Uma doutrina de “ paz e segurança” que pode futuramente vir a destruir a fé de muitos
2 - Glossário dos Termos deste Artigo
Antes de começarmos, vamos definir alguns termos básicos que usaremos:
ARREBATAMENTO – Este termo se tornou bastante polêmico. No ocultismo, este termo foi usado
durante muitos séculos para se referir a levitação. Na Bíblia, a origem do termo está em 1 Tess. 4:17 onde
lemos a palavra “ arrebatados” .
NATZAL – Palavra no hebraico que significa “ livramento” . Esta palavra tem sido usada nos meios
messiânicos numa tentativa de convencê-los sobre a teoria do arrebatamento pré-tribulacionista
KH’ TAF – Palavra aramaica para “ arrebatados” no texto aramaico de 1 Tess. 4:17
PÓS-TRIBULACIONISMO – É a visão de que o KH’ TAF (arrebatamento) é simplesmente parte
da segunda vinda do Messias e portanto ocorrerá no fim da tribulação, isto é, no início do Reino do Milênio.
PRÉ-TRIBULACIONISMO – É a visão de que o arrebatamento seria um evento separado da
segunda vinda do Messias e que ocorreria sete anos antes, imediatamente antes da tribulação
MID-TRIBULACIONISMO – É a visão de que o arrebatamento é um evento separado da segunda
vinda do Messias e que ocorreria 3 anos e meio antes, no meio da tribulação, durante o tempo do “ sacrilégio
terrível” (a revelação do Anti-Messias)
ARREBATAMENTO-PREMATURO – É qualquer visão de que o arrebatamento e a segunda vinda
do Messias são eventos separados e que o arrebatamento precederá por um período de tempo a segunda vinda
do Messias.
ARREBATAMENTO PARCIAL – É a visão de que apenas uma parte do Corpo do Messias será
arrebatada.
PASHAT – O sentido simples, literal de um texto segundo a Midrash Judaica (vide artigo sobre como
interpretar as Escrituras como um judeu)
3 - ONDE ESTÁ O PASHAT?
Um dos maiores problemas com a doutrina cristã do arrebatamento pré-tribulacionista é que já de cara
fere a Midrash. Segundo a Midrash, que é o sistema mais antigo de interpretação das Escrituras, um texto
nunca perde o seu Pashat. Contudo, esta doutrina em particular não tem base de Pashat. Apesar dos prétribulacionistas
frequentemente alegarem que as suas crenças são baseadas numa leitura simples e literal das
Escrituras, o fato é que uma leitura literal das Escrituras é incapaz de produzir uma crença no arrebatamento
pré-tribulacionista.
3.1 – SEM BASE BíBLICA
Até mesmo Hal Lindsey, o mais famoso defensor do pré-tribulacionismo, admite que a sua crença não
se baseia no sentido simples e literal das Escrituras. Lindsey admite que ele não consegue “ mostrar nenhum
versículo que diga claramente que o arrebatamento ocorrerá antes… da tribulação.” (O Arrebatamento por Hal
Lindsey pág. 32). Ao invés disto, Lindsey alega que “ o pré-tribulacionismo é amplamente baseado em
argumentos de inferência e silêncio.” (ibid p. 31)
Se o pré-tribulacionismo não vem de um entendimento do Pashat das Escrituras, devemos então nos
perguntar de onde ele se originou, e porque tanta gente acredita nisto.
4 - O DISPENSASIONALISMO: UMA HERESIA GERA OUTRA
Durante as décadas de 1820 e 1830, um teólogo cristão chamado John Darby (fundador da Irmandade
de Plymoth) desenvolveu uma nova teologia sistemática chamada Dispensasionalismo. Esta doutrina desde
então tornou-se muito popular no Cristianismo. É muito curioso que tal doutrina ainda encontre eco entre os
crentes que estão retornando às raízes judaicas dos seguidores originais de Yeshua. É fato incontestável que o
Dispensasionalismo não existiu até o século dezenove. Não tem nenhuma raíz judaica e nem existia no
Cristianismo até o século em questão
5 - A ORIGEM DE UMA GRANDE MENTIRA
Como a maioria dos teólogos do século 19, John Darby era anti-nomiano, isto é, acreditava que Lei de
Moshe (Moisés) tinha desaparecido na cruz. Darby se sentia incomodado com os sérios problemas trazidos por
esta doutrina. Darby percebeu que durante os sete anos da última semana profética de Daniel, os sacrifícios
estariam sendo feitos no Templo. Como a Lei de Moshe (Moisés) estava CLARAMENTE sendo cumprida
durante os sete anos da tribulação, Darby concluiu que a Lei voltaria a ter validade no início da tribulação. Esta
linha de raciocínio fez Darby segregar as histórias bíblicas e proféticas em períodos compartimentadas. Darby
teorizou que a “ idade da Lei” tinha acabado na cruz e que a “ idade da graça” ou “ idade da igreja” tinha
começado na cruz. Então com a tribulação, a “ idade da Lei” volta e a “ idade da graça” termina. Isto criou um
problema grande para a teoria de Darby. Como poderia a “ idade da Lei” retornar se a igreja ainda estaria na
terra? Darby achava que na “ idade da Lei” o Eterno lidava com Israel e na tribulação o Eterno voltaria a lidar
com Israel. Então o que aconteceria com a igreja? Certamente que a igreja não sairia da “ idade da graça” pra
voltar pra Lei de Moshe (Moisés). Como consequência desta linha de raciocíonio absurda, Darby adotou a
idéia de um arrebatamento pré-tribulacionista que havia se tornado tão popular entre os Irvingitas. Esta idéia
dizia que a Igreja sairia da terra no início da tribulação, deixando Israel pra trás para sofrer na tribulação
durante o período da “ volta da Lei” . Darby agora tinha um outro problema: se a igreja fosse arrebatada
deixando Israel pra trás, o que dizer dos judeus crentes? Eles seria arrebatados juntamente com a Igreja ou
ficariam para trás com Israel? Darby inventou outra solução completamente louca: a dicotomia Igreja/Israel.
Esta teoria ensinava que um judeu que se tornava crente no Messias passava a fazer parte da Igreja e não era
mais parte de Israel. Como resultado disto, ninguém poderia ser parte tanto da Igreja quanto de Israel. Segundo
esta teoria, judeus crentes deixariam de ser judeus e se tornariam parte da Igreja de Elohim, que ele ensinava
conter pessoas que não eram nem judeus nem gentios.
Portanto, as três mentiras que se tornaram pilares do Dispensasionalismo são:
1 – A Lei não seria para hoje
2 – O arrebatamento pré-tribulacionista
3 – A dicotomia Igreja/Israel
Obviamente, os messiânicos não podem aceitar nem a número 1 nem a número 3. A número 2 só seria
necessária por causa de uma crença na número 1. A número 2 não funciona sem a número 3, que foi criada
para resolver os problemas da número 2. Como resultado, o Judaísmo Messiânico é incompatível com o
Dispensasionalismo. Dois de seus três pilares fundamentais não são compatíveis com a teologia bíblica
original, adotada pelo movimento messiânico. Além disto, o único pilar remanescente não se sustenta sozinho.
Quando examinada à luz da Bíblia, toda a estrutura do Dispensasionalismo é destruída. É uma doutrina do
século 19 que foi inventada pelo Cristianismo e não tem NENHUMA raiz na fé do primeiro século.
6 - QUANTAS VINDAS DO MESSIAS?
O Tanach (Primeiro Testamento) aponta claramente para duas vindas do Messias: uma como servo e
outra como rei. Contudo, fica evidente que os acreditam no arrebatamento-prematuro vão contra as Escrituras
por crerem em três vindas do Messias. Uma vez que o retorno do Messias tem sido entendido por séculos como
sendo a “ Segunda Vinda do Messias” , os que crêem no arrebatamento-prematuro devem mudar a expressão
acima para “ Terceira Vinda do Messias” ou insistir, como a maioria faz, de que o arrebatamento-prematuro
não é de fato uma vinda do Messias. Se a teoria do arrebatamento-prematuro fosse verdadeira, então as
Escrituras deveriam ensinar sobre um “ aparecimento” pré-tribulacionista do Messias que não é uma “ vinda do
Messias” propriamente dita, seguida de uma “ vinda do Messias” após a tribulação. E mais: as Escrituras não
poderiam identificar o KH’ TAF (arrebatamento) como se referindo à “ vinda” do S-nhor nas Escrituras. Não
deveríamos também esperar que a vinda pós-tribulacionista do Messias fosse chamada de “ aparecimento” .
Agora vamos examinar estas mentiras à luz das Escrituras:
“ Conjuro-te diante de Elohim e do Mashiach Yeshua, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua
vinda e pelo seu reino;” (2 Tim. 4:1)
Aqui vemos claramente que no final da tribulação e no início do Reino teremos a vinda do Messias.
“ assim também o Mashiach, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Yehudim / Hebreus 9:28)
Aqui o texto fala claramente da vinda pós-tribulacionista do Messias. Se o arrebatamento-prematuro
estivesse correto, este texto deveria dizer “ aparecerá uma terceira vez” .
“ Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda de ADONAI.” (Ya’ akov / Tiago 5:7a)
Este texto nos instrui claramente que a nossa esperança deve ser na vinda do S-nhor, e não em um “
aparecimento do S-nhor” .
“ Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do
Senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande
brado, à voz do arcanjo, ao som do shofar de Elohim, e os que morreram no Mashiach ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do
Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.” (1 Tess. 4:15-17)
Esta é a passagem que fala do arrebatamento. Mas esta passagem também se refere à “ vinda do Snhor”
e não de um aparecimento.
Vemos portanto que a teoria do arrebatamento-prematuro que crê em “ três vindas” ou em “ duas
vindas e um aparecimento” do Messias é completamente contrária às Escrituras, que falam apenas de duas
vindas do Messias.
7 - O LADRÃO DA NOITE
Um dos chavões dos pré-tribulacionistas é a expressão “ ladrão da noite” . Os pré-tribulacionistas
usam este termo para descrever o arrebatamento-prematuro como um “ arrebatamento secreto” no qual a Igreja
é removida da terra secretamente. Isto contudo é tirar a expressão completamente de seu contexto e usá-la
erradamente. A parábola do “ ladrão da noite” é uma das diversas parábolas contadas por Yeshua (vide Mt.
24:42-51) e é mencionada em três outros lugares: 1 Tess. 5:2-10, 2 Kefah (Pedro) 3:10, Ap. 3:3 e 16:15). Uma
análise verídica desta expressão tal qual é usada nas Escrituras revela justamente o extremo oposto: um
arrebatamento pós-tribulacionista.
Primeiramente vamos analisar a parábola em si. Eis o texto de Mt. 24:42:
“ Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da
casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai
também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.”
Existe um grande número de elementos importantes nesta parábola. Primeiramente devemos perceber
que o “ ladrão” nesta parábola refere-se ao Messias. Contudo, o ladrão nesta parábola não está “ roubando a
igreja do mundo” (isto seria absurdo), mas sim o termo ladrão é usado para identificar que o Messias virá num
momento inesperado. Em segundo lugar, percebemos claramente que a Igreja não estava esperando que Ele
viesse naquele momento. E finalmente é extremamente significativo que o ladrão vem num momento posterior,
no qual a Igreja é esperada e é encontrada dormindo (vide Matitiyahu / Mateus 25).
7.1 - O SONO DA APOSTASIA DA IGREJA
Ao longo das Escrituras, vemos que “ dormir” é um eufemismo para apostasia (vide Yeshayahu /
Isaías 29:10 e Romanos 11:8)
A parábola do ladrão da noite é parte de uma seção das Escrituras que começa em Mt. 24:42 e termina
em Mt. 25:13, onde Yeshua ilustra o fato de que o Messias virá mais tarde do que o esperado e pegará a Igreja
dormindo pois esperava que ele viesse antes. Este tema é primeiramente apresentado por Yeshua no versículo
42. Depois em Mt. 24:43 Yeshua dá a parábola do ladrão da noite. Então no versículo 44 Yeshua reforça o
tema. Em Mt. 24:45-51 Yeshua dá a parábola do “ servo fiel e prudente” . Nesta parábola o Messias também
vem depois do esperado pelo servo (versículos 48 & 50) para encontrar um servo apóstata (versículos 48-49).
Finalmente, Yeshua dá a ilustração das “ dez virgens” (Mt. 25:1-12) na qual o noivo vem depois do que as
virgens esperavam. As virgens (pelo menos algumas delas) são nitidamente crentes pois cinco delas têm óleo
na lâmpada. O noivo vem e encontra as virgens dormindo. Apesar de muitas delas ainda terem óleo nas
lâmpadas, elas pensaram que o Messias viria antes e cairam no sono da apostasia.
7.2 – O GRAVÍSSIMO PERIGO DA HERESIA PRÉ-TRIBULACIONISTA
Ao contrário de ensinar um arrebatamento pré-tribulacionista, esta seção das Escrituras nos avisa que
muitos da igreja esperarão pelo Messias antes dEle vir (pré-tribulacionismo) e que quando o Messias na
realidade vem após a tribulação, isto é, depois do esperado, eles caem em apostasia. Os pré-tribulacionistas têm
sido enganados por alguns mestres dentro do Cristianismo (não são todos) de que a Bíblia ensina que o
Messias os resgatará da tribulação antes da mesma acontecer. Quando a tribulação chegar e eles perceberem
que isto não ocorreu, muitos perderão a fé e acharão que o Eterno desistiu deles, e por isto não foram
arrebatados. Ou ainda pior: que as Escrituras mentiram. Ou seja, a decepção deles os fará se desviarem: cairão
no sono da apostasia.
Em Apocalipse 3:3 lemos:
“ Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares,
virei como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.”
Esta passagem claramente se refere ao texto de Mt. 24:42-44. Aqui o Messias está se referindo à
Igreja de Sardis (ou seja, crentes genuínos) e indica que Ele virá em um momento em que a Igreja não espera.
A implicação da expressão “ se não vigiares… ” é a de que o Messias virá após a tribulação, ou seja, depois do
esperado e encontrará crentes dormindo/apóstata.
7.3 – O MILÊNIO E A VINDA DO LADRÂO DA NOITE
Em 2 Kefah (Pedro) 3:10 lemos: “ Virá, pois, como ladrão o dia de ADONAI, no qual os céus
passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão
descobertas.”
Aqui, o “ dia” em questão refere-se ao dia de 1,000 anos do Reino do Milênio (vide 2 Pe. 3:8; Sl.
90:4; Ap. 20:2,7). Este “ dia de 1,000 anos” começa com a segunda vinda do Messias (Ap. 19:11 – 20:2) e
termina com a destruição da terra por fogo (Ap. 20:7-21:1). Aqui a expressão “ o dia do S-nhor virá como um
ladrão” (2 Pe. 3:10) definitivamente se refere à segunda vinda do Messias e ao final da tribulação e ao início
dos 1,000 anos. Este não é um “ ladrão” que virá sorrateiramente e em silêncio. É um “ ladrão” que fará os
céus se passarem com um “ rugido” .
Em Ap. 16:15 lemos: “ Eis que venho como ladrão. Bendito aquele que vigia, e guarda as suas vestes,
para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.”
Esta passagem ocorre no contexto dos eventos do dia de 1,000 anos mencionado acima. Além disto,
esta passagem também reflete um ladrão que chega depois do esperado e encontra uma igreja apóstata.
7.4 -O ALERTA DE PAULO: A PROFECIA SOBRE A HERESIAPRÉ-TRIBULACIONISTA
Finalmente em 1 Tess. 5:2-10 lemos:
“ porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois
quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto
àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele
dia, como ladrão, vos surpreenda; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite
nem das trevas; não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios. Porque os que
dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite; mas nós, porque somos do dia,
sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
porque Elohim não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Yeshua
HaMashiach, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.”
Agora na leitura desta passagem devemos relembrar a passagem do ladrão da noite, à qual esta
passagem claramente faz alusão. Vemos aqui uma profecia sobre o surgimento da heresia do prétribulacionismo!
Aqui aprendemos que os que apostatarem da fé ficarão entorpecidos pela doutrina da “ paz e
segurança” e vão cair em apostasia quando o Messias não chegar tão breve quanto
o esperado mas ao invés disto vier sobre eles a “ repentina destruição” – algo que eles aparentemente
acreditavam que iriam “ escapar” . Neste ponto eles parecem ter caído no sono da apostasia. Muitos deixarão a
fé quando os pré-tribulacionistas ficarem desapontados ao perceberem que entraram a tribulação ao invés de
escapar dela em um “ arrebatamento pré-tribulacionista.” Mas espere! Veja 1 Tess. 5:1! Esta seção inteira das
Escrituras se refere ao momento em que acontecerá o arrebatamento de 1 Tes. 4:16-18. Na realidade, este
capítulo muda de 1Tess.4:18 para 5:1 no meio de um parágrafo!
7.5 - O LADRÃO DA NOITE E OS DIAS DE NOACH
A referência à parábola do ladrão da noite em 1 Tess. 4:16-5:10 também é muito importante por outro
motivo. Esta referência nos dá um certo contexto para o acontecimento do “ arrebatamento” de 1 Tess. 4:16-
17. A parábola do ladrão da noite em Mt. 24:43 acontece num grande segmento de Matitiyahu / Mateus (Mt.
24:29-25:46) o qual claramente discute a vinda do Messias após a tribulação (Mt. 24:29). O ladrão da noite de
Mt. 24:42-44 vem num momento que é como “ os dias de Noach (Noé)… antes do dilúvio” (Mt. 24:37-41 com
Mt 24:42-51). Lucas também discute este tempo como os dias de Noach / Noé (Mt. 24:37-41 = Lc. 17:26-36).
Lucas continua dizendo que aqueles que são “ levados” em Mt. 24:37-41 = Lc. 17:26-36 serão consumidos por
aves de rapina (vide Lc. 17:37 = Mt. 24:28). Estes homens consumidos por aves de rapina serão aqueles que se
levantarão contra Israel e serão destruídos na segunda vinda (vide Ap. 19:11-21, especialmente 19:17,18 e 21).
O momento da vinda do “ ladrão” é portanto a segunda vinda do Messias descrita em Ap. 19:11-21. Uma vez
que o momento do evento do “ ladrão” em 1 Tess. 5:2-10 é parte do evento de 1 Tess. 4:16-18 (1 Tess 5:1
claramente diz que 1 Tess. 5:2-10 se refere ao momento de 1 Tess. 4:16-18), então o “ arrebatamento” de 1
Tess. 4:16-18 é simplesmente parte da vinda do Messias, e após a tribulação, e não antes dela.
8 – IMEDIATAMENTE APÓS O ARREBATAMENTO
Para termos uma boa idéia do que é o KH’ TAF (arrebatamento) descrito em 1 Tess. 4:16-17
devemos deixar as Escrituras interpretarem as próprias Escrituras. Este é um conceito na hermenêutica judaica
chamado G’ ZARAH SHEVAH (equivalência de expressões). Esta é a segunda das leis de Hillel (vide o
segundo artigo da série sobre como interpretar a Bíblia como um judeu). A primeira passagem que devemos
comparar é 1 Tess. 4:16-17 com 1 Cor. 15:52.
Agora, 1 Tess. 4:13-17 diz:
“ Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos
entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Yeshua morreu e ressurgiu, assim
também aos que dormem, Elohim, mediante Yeshua, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos,
pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum
precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo,
ao som do shofar de Elohim, e os que morreram no Mashiach ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim
estaremos para sempre com o Senhor.”
Agora comparemos esta passagem com 1 Cor. 15:50-55:
“ Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Elohim; nem a corrupção
herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som do último shofar; porque o shofar soará, e
os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto
que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se
cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu ferrão? Onde
está, ó She'ol, a tua vitória?”
Certamente estas duas passagens obviamente falam do mesmo evento. A questão é que tipo de
contexto 1 Cor. 15:50-55 dá ao arrebatamento de 1 Tess. 4:13-17?
1 – O evento de 1 Cor. 15:50-55 facilita a herança do Reino
2 – 1 Cor. 15:54b cita Yeshayahu (Isaías) 25:8
3 – 1 Cor. 15:55 cita Hoshea (Oséias) 13:14
Yeshayahu (Isaías) 25:8 e Hoshea (Oséias) 13:14 falam claramente do início do Reino. Lidos em
conjunto, 1 Cor. 15:50-55 coloca o arrebatamento de 1 Tess. 4:13-17 no contexto do início do Reino do
Milênio.
9 – COMPARANDO O ARREBATAMENTO COM A SEGUNDA VINDA
Agora, 1 Tess. 4:13-18 e 1 Cor. 15:50-55 normalmente são vistos como as passagens do “
arrebatamento” . Agora vamos comparar estes com tais versículos com os que são comumente aceitos como
versículos da “ segunda vinda” .
9.1 – VERSÍCULOS QUE FALAM DA SEGUNDA VINDA
Alguns dos versículos normalmente aceitos como sendo passagens que se referem à segunda vinda
são: Daniel 7:13-14; Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27; Ap. 11:15 e 20:4-6. Nestas passagens é possível
imediatamente identificar quatro elementos:
1 – O Messias aparecerá no céu de forma sobrenatural(Dan. 7:13-14; Mt. 24:30; Mc. 13:26)
2 – Haverá uma reunião sobrenatural com Ele nos céus(Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27)
3 – A última (a sétima de sete) trombeta é tocada por um dos sete anjos que estão perante YHWH
.(Ap. 8:2 e 11:15; Mt. 24:31; Is. 27:13)
4 – A (primeira) ressurreição dos justos(Ap. 20:4-6)
9.2 – VERSÍCULOS QUE FALAM DO ARREBATAMENTO
Agora vamos comparar estes quatro elementos com as passagens sobre o arrebatamento em 1 Tess.
4:13-18 e1 Cor. 15:50-55:
1 -O Messias aparecerá no céu de forma sobrenatural(1 Tess. 4:16-17)
2 – Haverá uma reunião sobrenatural com Ele nos céus(1 Tess. 4:17)
3 – A última (a sétima de sete) trombeta é tocada por um dos arcanjos(1 Tess. 4:16; 1 Cor. 15:52)
4 – A (primeira) ressurreição dos justos(1 Tess. 4:16; 1 Cor. 15:52)
Ao comparar estes quatro elementos fica bem evidente que o “ arrebatamento” de 1 Tess. 4:13-18 e 1
Cor.15:50-55 é idêntico à segunda vinda do Messias em: Dan. 7:13-14; Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27; Ap.
11:15 e 20:4-6. Esta conclusão também é compartilhada por muitos comentaristas. Por exemplo, o guia da
Bíblia de Halley diz o seguinte a respeito de 1 Tess. 4:13-18:
“ [O evento de 1 Tess. 4:16-17] é mencionado e referido em diversos momentos em quase todos os
livros do Novo Testamento. Os capítulos nos quais é explicado de forma mais plena são Mateus 24, 25; Lucas
31; 1 Tessalonissences 4, 5; 2 Pedro 3” . (o Guia da Bíblia de Halley pág. 626 sobre 1 Tess. 4:13-18) (vide
também os comentários de Halley sobre Mt. 24:31 na pág. 447)
E também no seu livro MESSIAS: Um Ponto de Vista Rabínico e Escriturístico, o autor judeu
messiânico Burt Yellin escreve a respeito de 1 Tess. 4:16:
‘ Em 1 Tessalonissences 4:16, Paulo nos fala a respeito do retorno do Messias: “ Porque o Senhor
mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som do shofar de Elohim, e os que morreram
no Mashiach ressuscitarão primeiro.” Quando lemos isto juntamente com Apocalipse 11:15-17 vemos que
esta ressurreição ocorrerá no tocar da sétima trombeta.’ (pág. 99)
10 – PROBLEMAS CRONOLÓGICOS DO PRÉ-TRIBULACIONISMO
Se considerássemos as passagens do arrebatamento de 1 Tess. 4:13-17 e 2 Cor. 15:50-55 como sendo
um evento separado das passagens da “ segunda vinda” de Dan. 7:13-14; Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27; Ap.
11:15 e 20:4-6, como o fazem os pré-tribulacionistas, teríamos grandes problemas cronológicos.
1 -Tal cronologia teria a primeira trombeta de Ap. 11:15 e Mt. 24:31 sendo tocada depois da “ última
trombeta” de 1 Tess. 4:16 e 1 Cor. 15:52.
2 -Tal cronologia também significaria que a ressurreição geral dos justos em 1 Tess. 4:16 e 1 Cor. 15:52
aconteceria antes da “ primeira ressurreição” de Ap. 20:4-6).
3 - O evento do KH’ TAF (arrebatamento) é claramente algo que Mt. 24:29 diz ocorrer “ imediatamente após
a tribulação daqueles dias… ”
11 -O PASHAT E O ERRO DE LINDSEY
Hal Lindsey, um dos maiores apologistas do arrebatamento pré-tribulacionista alega:
A verdade é que nem um pós, mid, ou pré-tribulacionista pode indicar um versículo isolado que
claramente diz que o arrebatamento ocorrerá antes, no meio da, ou depois da tribulação. (O Arrebatamento
por Hal Lindsey p.32)
Concordamos com Lindsey que nenhum versículo sequer indica que o arrebatamento ocorreria antes
da Tribulação. Contudo, Lindsey está claramente enganado quando diz que nenhuma visão pode apresentar
um versículo sequer. Este artigo já demonstrou claramente que as Escrituras ensinam um KH’ TAF
(arrebatamento) pós-tribulacionista. Os seguintes versículos isolados indicam CLARAMENTE que o
Arrebatamento ocorrerá após a tribulação:
“ Porque David não subiu aos céus, mas ele próprio declara: Disse ADONAI ao meu Senhor:
Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.” (Atos 2:34-35 –
citando Sl. 110:1) (veja também Heb. 1:13; Mt. 22:44; Mc. 12:36)
Esta passagem indica claramente que o Messias permanecerá à direita do Pai até que os seus
inimigos sejam feitos seu escabelo no Reino do Milênio. Esta passagem claramente ensina que o
arrebatamento não ocorrerá até após a tribulação, no início do Reino do Milênio.
“ e envie Ele o Mashiach, que já dantes vos foi indicado, Yeshua, ao qual convém que o céu receba
até os tempos da restauração de todas as coisas, das quais Elohim falou pela boca dos seus santos profetas,
desde o princípio.” (Atos 3:20-21 -veja também Ap. 10:7 e 11:15)
Esta passagem também ensina que o Messias ficará no céu até a vinda do Reino.
“ Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Yeshua HaMashiach e à nossa reunião com ele, rogamo-vos,
irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer
por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de
modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o
homem do pecado, o filho da perdição, o Adversário que é exaltado sobre tudo e se chama de deus e é objeto
de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Elohim, apresentando-se como Elohim.” (2 Tess. 2:1-4)
Esta passagem claramente ensina que o arrebatamento NÃO PODE OCORRER ANTES da
revelação do anti-messias, o que só ocorrerá no meio do período da tribulação de sete anos (vide Mt. 24:15;
Mc. 13:14 e Dan. 9:27)
12 -PASSAGENS NORMALMENTE MAL-COMPREENDIDAS
Sem poder encontrar suporte para a sua teoria de um arrebatamento pré-tribulacionista no Pashat
(sentido simples/literal) de qualquer passagem das Escrituras, os pré-tribulacionistas tentam usar
interpretações Remez (sentido implícito) e Drash (sentido alegórico). Tal como Lindsey admite em seu livro
O ARREBATAMENTO, ao dizer: “ o pré-tribulacionismo é amplamente baseado em argumentos de
inferência e silêncio.” (p. 31)
12.1 -O ARGUMENTO DA IRA VINDOURA
Os pré-tribulacionistas tentam argumentar que a igreja não passará pela tribulação, o que eles dizem
dar indícios de um arrebatamento pré-tribulacionista. Os pré-tribulacionistas argumentam que a tribulação é a
“ ira de YHWH” e que a igreja não sofrerá a “ ira de YHWH” (Rom. 5:9; 1 Tess. 1:10 e 5:9-10; Jo 5:24). Ao
usar este argumento, os pré-tribulacionistas ignoral o fato de que o anti-messias, uma das maiores figuras da
tribulação, é a ira do demônio (Ap. 12:12; 13:2). Eles também ignoram o fato de que o Messias nos salvará
desta ira ao destruir o anti-messias em sua segunda vinda. Além disto, ignoram ainda o fato de que pelo
contexto, a ira da qual o Messias nos salva é através da justificação em seu sangue para que possamos ser
salvos (Rom. 5:9). Aqui, claramente a ira é o Lago de Fogo, e não a tribulação. (Jo. 5:24 usa a palavra “
condenação” mas o mesmo argumento também se aplica.)
12.2 -O ARGUMENTO DE LUCAS 21:36
Este argumento foi usado primeiramente da inventora do arrebatamento-prematuro, uma menina de
15 anos, que distorceu este versículo em sua discussão com Darby. O versículo diz “ … em todo o tempo,
orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do
Filho do homem.”
Mesmo que partíssemos do pressuposto de que “ todas estas coisas” se referisse à tribulação, ainda
assim teríamos erros. Primeiramente, se o pré-tribulacionismo fosse correto, não seria necessário orarmos
para escaparmos destas coisas. Em segundo lugar, a passagem simplesmente diz “ escapar” e não “ ser tirado
da terra” , e muito provavelmente refere-se à sobrevivência.
Porém, na realidade, “ escapar de todas estas coisas” é simplesmente escapar dos pecados que
poderiam fazer alguém estar em apostasia na ocasião da segunda vinda (vide como Lucas 21:34-36 fala
claramente disto) e não da tribulação.
12.3 -O ARGUMENTO DE APOCALIPSE 3:10
Pré-tribulacionistas apontam para Ap. 3:10:
“ Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação
que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra.”
Contudo, a palavra “ guardar” não significa “ remover da terra” . Muito pelo contrário, a própria
escolha desta palavra indica uma sobrevivência auxiliada/facilitada/garantida pelo Eterno.
12.4 -A RUACH HAKODESH REMOVIDA DO CAMINHO?
Este argumento também foi usado pela menina de 15 anos que inventou o arrebatamento-prematuro.
Este argumento insere idéias no texto, ao invés de extraí-las do texto. Neste caso, os pré-tribulacionistas supõe
que
o “ um” em 2 Tess. 2:7 é a Ruach HaKodesh (Espírito Santo). Ora, isto é uma pura suposição em
todos os aspectos! Por esta leitura maluca, o anti-messias seria revelado (2 Tess. 2:8) e a tribulação começaria
após a igreja (com a Ruach HaKodesh dentro dela) ser removida em um arrebatamento pré-tribulacionista. A
inventora do arrebatamento-prévio propôs esta idéia após ter uma esquisita “ visão” na qual ela recebeu uma “
revelação” (exatamente como acontece com todas as grandes seitas), de que “ e então será revelado esse
iníquo” vem imediatamente após “ estarão dois numa cama; um será tomado, e o outro será deixado… ” (Lc.
17:34; Mt. 24:40-41). A inventora do arrebatamento-prévio ensinava que um arrebatamento-parcial ocorreria
com quem estivesse “ cheio do Espírito Santo” . Ela falsamente identificou o “ tomado” de Lc. 17:34-35 e Mt.
24:40-41 com o “ tomado” de 2 Tess. 2:7.
O grande absurdo disto está no fato de que aqueles que são “ tomados” em Lc. 17:34-35 e Mt. 24:40-
41 não tem nada de “ cheios do Espírito Santo” como alega a falsa profetisa, muito pelo contrário! São
comparados aos que foram “ tomados” pelo dilúvio nos dias de Noach / Noé (Mt. 24:39). O problema é que as
pessoas não continuam a ler o texto de Mt. 24, caso contrário veriam que esta passagem indica que os que
serão “ tomados” , o serão pela ira, como foi no dilúvio. Ou seja, são os iníquos que serão “ tomados” e não a
igreja. Seus corpos alimentarão as aves de rapina (Lc. 17:37) na segunda vinda do Messias (Ap. 19:17-18,21).
Apesar do impedimento ser de alguma forma removido em 2 Tess. 2:7, não há absolutamente NADA
que aponte para a remoção da Ruach HaKodesh (Espírito Santo).
12.5 -O ARGUMENTO DE APOCALIPSE 4:1
Ao não conseguirem provar seus argumentos com uma leitura literal das Escrituras, os prétribulacionistas
tentam basear seus argumentos puramente em alegorias. Neste argumento, os prétribulacionistas
dizem que Yochanan (João) representa a igreja e que ele está sendo “ arrebatado” antes da
descrição da tribulação. Além de completamente absurda, esta alegoria não tem a menor base textual.
12.6 -O ARGUMENTO DE CHENOCH
Este argumento também é pura alegoria. É um argumento que diz que Chenoch (Enoque) foi
transladado antes do dilúvio. Os pré-tribulacionistas dizem que Chenoch (Enoque) = a igreja e o dilúvio = a
tribulação. Porém tanto a Bíblia quanto o próprio livro de Chenoch (Enoque) identificam que o dilúvio
representa o Dia do Julgamento e os dias que antecedem ao dilúvio (os chamados dias de Noach / Noé)
representam a tribulação. Além disto, este argumento tem outro problema: Eliyahu (Elias) também foi
transladado, só que DEPOIS de sobreviver um período de tribulação (2 Re. 2:9-11) dos quais 3 anos e meio
são muitas vezes usados em analogia ao segundo período da tribulação de 7 anos.
12.7 -COSTUMES JUDAICOS
Alguns acadêmicos messiânicos têm lutado para tentar encontrar evidências de um arrebatamento
pré-tribulacionista alegorica e supostamente presente em costumes judaicos. Um deles envolve Rosh
HaShannah e o Yom Kippur, outro ainda o casamento judaico. Estas são fracas tentativas de encontrar uma
alegoria para algo que não tem NENHUM suporte no Pashat (sentido literal) da interpretação de qualquer
passagem, o que não pode acontecer segundo o próprio Judaísmo. É bem claro que este conceito não é um
conceito que tem raízes judaicas, tendo sido inventado no Cristianismo do século 19.
13 - ARREBATAMENTO DA IGREJA OU REAJUNTAMENTO DE ISRAEL?
Para entender a verdade sobre o KH’ TAF (arrebatamento) é importante entender exatamente que
evento é esse. O Cristianismo geralmente ensina que o Arrebatamento é da Igreja, mas a verdade é que o KH’
TAF (arrebatamento) é o reajuntamento sobrenatural de Israel na volta do Messias. Um exame sério das
Escrituras deixa isso bem claro.
O Tanach prevê um tempo em que HaShem reajuntará Israel “ dos quatro cantos da terra”
(Yeshayahu / Isaías 11:12) e “ das partes mais longínquas debaixo dos céus” (Devarim / Deuteronômio 30:4).
A Torah diz que o Messias os “ tirará” das outras nações (Devarim / Deuteronômio 30:4). A palavra “ trazer”
aqui no hebraico significa uma ação de força.
13.1 – PROMESSA A ISRAEL: REAJUNTAMENTO PELA MÃO DO MESSIAS
O Targum Yerushalayim (tradução comentada da Torah para o aramaico) interpreta esta passagem
como HaShem “ vos ajuntará pela mão de Eliayahu (Elias)… e então Ele vos trará pela mão do Rei Messias.”
De acordo com os comentários do Rashi, isto significa que eles serão arrastados através do ar pela mão do
Messias para a terra. Será este evento o KH’ TAF (arrebatamento)?
14 – EVIDÊNCIAS DE QUE O ARREBATAMENTO SE REFERE A ISRAEL
A primeira evidência de que o “ trazer” em Devarim (Deuteronômio) 30:4 é justamente o KH’ TAF
(arrebatamento) é encontrada nas palavras de Matitiyahu (Mateus) 24:31:
“ E ele enviará os seus anjos com grande clangor do shofar, os quais lhe ajuntarão os escolhidos
desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”
Este versículo também se assemelha a Mc. 13:27, e identifica aqueles que são “ ajuntados” como
sendo “ os Eleitos” . O termo “ Os Eleitos” nas Escrituras é um eufemismo, uma referência a Israel.
Encontramos o termo “ Os Eleitos” se referindo à Israel nos seguintes versículos:
1 - Dt. 7:6, 10:15 e 14:2;
2 - Is. 41:8-9, 42:1, 43:2f, 45:4 e 65:9-22;
3 – Sl. 135:4;
4 – 1 Pe. 2:9 = Is. 43:20f e Dt. 10:15;
Fica bem claro pelas 10 passagens acima que “ Os Eleitos” refere-se a Israel. Em 1 Tess. 4:17, Paulo
usa o termo “ nós” , termo o qual ele costuma usar para se referir a ele e aos seus compatriotas judeus (vide
Atos 17:1-4)
14.1 – ISRAEL E A TROMBETA FINAL
Mais uma evidência de que o KH’ TAF (arrebatamento) se refere ao reajuntamento de Israel é a da
trombeta.
Uma trombeta é soada no KH’ TAF (arrebatamento) em 1 Tess. 4:16-17 e 1 Cor. 15:50-55, tal como
em Mt 24:31 e Ap. 11:15. De acordo com o Tanach uma trombeta é também tocada no reajuntamento de
Israel:
“ Naquele dia ADONAI debulhará as suas espigas desde as margens do Eufrates até o ribeiro do
Egito, e vocês, israelitas, serão ajuntados um a um. E naquele dia soará uma grande trombeta. Os que estavam
perecendo na Assíria e os que estavam exilados virão e adorarão a ADONAI no monte santo, em
Yerushalayim.” (Yeshayahu / Isaías 27:12-13)
14.2 – A RESSURREIÇÂO DOS MORTOS
Outra evidência que identifica o KH’ TAF (arrebatamento) como sendo na realidade o reajuntamento
de Israel é o da ressurreição dos mortos. O KH’ TAF é acompanhado pela ressurreição (vide 1 Tess. 4:16-17 e
1 Cor 15:50-55). O reajuntamento de Israel também inclui a ressurreição dos mortos, conforme visto nas
passagens abaixo:
1 – Yechezkel (Ezequiel) 37:1-14;
2 – Yeshayahu (Isaías) 25:1-12;
3 – Hoshea (Oséias) 13:9-14:9);
Na realidade, 1 Cor. 15:54-55 cita Yeshayahu (Isaías) 25:8 e Hoshea (Oséias) 13:14. O uso destes
versículos em 1 Cor. 15:54-55 é também importante por causa de sua finalidade. Como podem os prétribulacionistas
crerem que a morte chega ao fim antes do início da Tribulação?
14.3 – MORTAIS E IMORTAIS
Existe ainda, como evidência de que o KH’ TAF (arrebatamento) é o reajuntamento de Israel:
aqueles que são “ arrebatados” em 1 Cor. 15:53 tornam-se imortais, mas no reinado do Milênio também
haverá mortais (Yeshayahu / Isaías 65:20). Se a igreja é arrebatada em 1 Cor. 15:53 e torna-se imortal, então
quem são os mortais de Yeshayahu (Isaías) 65:20?
14.4 – A B’ RIT CHADASHAH E O REAJUNTAMENTO DE ISRAEL
A prova final de que o KH’ TAF (arrebatamento) é na realidade o reajuntamento de Israel no retorno
do Messias e é encontrado no texto de Matitiyahu (Mateus) 24:31 e em Mc. 13:27, o texto cita as expressões “
dos quatro cantos da terra” (Yeshayahu / Isaías 11:12) e “ das partes mais longínquas debaixo dos
céus”(Devarim / Deuteronômio 30:4) exatamente das passagens do Tanach que descrevem o reajuntamento de
Israel.
15 - O QUE REALMENTE VAI ACONTECER
Aqui está um resumo cronológico dos eventos descritos neste artigo:
1 – Imediatamente após a tribulação (Mt. 24:29; Mc. 13:24), o Messias aparecerá no céu (Dan. 7:13-14; Mt.
24:29-31; Mc. 13:24-27; 1Tess. 4:16-17)
2 – Haverá o toque da trombeta final (Ap. 8:2; Ap. 11:15; Mt. 24:31; Is. 27:13; 1Tess. 4:16-17; 1 Cor. 15:52)
3 – Haverá a ressurreição (1Cor. 15:50-55; 1Tess. 4:16; Ap. 20:4-6; Is. 25:8; Os. 13:14; Ez. 37:1-14)
4 – Haverá o reajuntamento ao Messias no céu (Mt. 24:29-31; Mc. 13:24-27; 2 Tess. 2:1; 1 Tess. 4:17)
5 – Logo após isto o Messias irá em direção à Terra Prometida com muitos dos seus santos (Jd. 1:14-15; 1
Tess. 3:13; Ap. 19:11-16; Zc. 14:4-5)
6 – Depois disto, é estabelecido o Reino do Milênio (Ap. 20:1-3,7)
16 – CONCLUSÃO
Fica BEM CLARO pelas Escrituras que o evento KH’ TAF, conhecido como arrebatamento, nada
mais é do que o reajuntamento de Israel na Terra Prometida, na ocasião do retorno do Messias, e não um
(falso) arrebatamento pré-tribulacionista da Igreja.
A Incoerência Teológica
Por Romach Ben Tsabar
Dias atrás estava conversando com alguns evangélicos e sobre o porque deles seguirem aquilo que
seguem. Por exemplo: mulher não poder usar calça, o crente não poder fazer tatuagens, dentre outras
coisas.
Mulher pode usar calça?
Quando questionados, claramente em alto e bom som a maioria falou que não! Perguntei um simples
"porque?":
Um falou:
"Acho que pode sim, não vejo problema algum!"
Outro contrariando:
"O pastor diz que a mulher não pode usar calça e pronto!"
Outro complementou:
"O pastor disse mas eu não vejo nada na Bíblia que fala de mulher não poder usar calça!"
Outro disse mais:
"Isto é doutrina, então deve ser seguido!"
Perguntei:
"Doutrina? Baseada em que? Por acaso isto esta na Bíblia?"
Dai uma outra replicou:
"Tem sim, na Bíblia numa parte fala que a mulher não pode usar roupa de homem, e homem não pode
usar roupa de mulher!"
Esta ai a resposta, então mulher não pode usar calça porque a Bíblia diz que mulher não pode se vestir
como um homem, e como calça é roupa masculina, logo é proibido o seu uso pela mulher. Interessante...
É proibido fazer tatuagem?
Novamente quando questionados responderam negativamente, dizendo que isto era pecado, que crente
não pode ter estas "coisas". Novamente questionei "porque?".
Um disse:
"O crente não deve fazer o que o 'mundo' faz!"
Outro complementou:
"Isto é coisa do diabo!"
Um contrariando falou:
"Que mal tem? Só uns desenhos e letras, não vejo problema nenhum, hoje o mundo mudou, a modernidade
esta ai!"
Perguntei
"mas não tem nada na Bíblia que fale a respeito?"
Dai e mesma que falou sobre a mulher não poder usar calça pois estava na Bíblia, ela respondeu: " tem
sim, pois na Bíblia diz que não se pode fazer marcas de tatuagem no corpo."
Esta ai, mais uma vez a resposta plenamente bíblica.
Um filho pode se casar com a própria mãe?
Eles me olharam, e um disse "esta maluco?". A maioria em uma única só voz respondeu que não poderia.
Novamente a palavra mágica: "Porque?", e ouvi as mais variadas respostas:
"Não sei o porque, só sei que é errado"
"Se eles tiverem vontade, se tiverem amor um pelo outro, pode sim!"
"Isto também é do diabo, e nós crentes não devemos fazer estas coisas que o 'mundo' faz!
"Na Bíblia diz que um filho não pode se casar com a própria mãe e com outros diversos parentes",
respondeu a "sabe tudo".
Interessante, então pelo que estava vendo a doutrina desta igreja estava passando nos testes de "coerência
teológica", pois tudo estava plenamente baseado na Bíblia.
E fui perguntando varias coisas "pode isto?", e alguns respondendo "não porque na Bíblia diz que não
pode". E uma hora chegou na seguinte questão:
O crente deve guardar o Shabat (Sábado)?
O espanto em seus rostos foi maior do que quando perguntei se um filho poderia se casar com a própria
mãe. Todos sem exceção falaram que não. Até o mesmo que havia falado não haver problema algum em
mulher usar calça, fazer tatuagem e se casar com a própria mãe, falou que o crente não deve guardar o
Shabat. Soltei novamente a palavrinha mágica: "Porque?"
Um disse:
"Agora é a Graça, e o Sábado é passado!"
Outro complementou:
"Nós crentes não precisamos guardar a Lei, pois a Lei é peso, e Cristo tirou o peso!"
A "sabe tudo" disse:
"Porque no NT não fala nada de observância do Sábado, logo se não esta escrito ali não precisamos
guardar. Pois o que o crente precisa seguir é só que o ha no NT!"
O crente pode passar navalha em seu rosto?
Me disseram que "isto não faz parte da doutrina de Cristo, pois não esta no NT!"
Conclusão: Coerência ou incoerência teológica?
Algo me pareceu estranho nestas respostas!
Em todas as questões que tinham relação com a doutrina ensinada por esta igreja foram explicadas com
passagens da Bíblia.
Por exemplo, quando questionei a respeito da calça ser usada ou não pelas mulheres, obtive a resposta de
que na Bíblia em uma parte diz que a mulher não deve usar roupas de homem. Tal passagem existe
realmente, e consta na Torah, Deuteronômio 22:5 que assim fala: "Não haverá traje de homem na mulher,
e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação a YHWH teu Elohim".
Ou seja, a doutrina ensinada por esta denominação esta correta neste ponto! Ou seja, isto esta na Bíblia,
como a própria evangélica me respondeu!
Em outra questão como a da tatuagem, me responderam que em uma parta da Bíblia diz que não se deve
fazer marcas de tatuagem no corpo. Tal texto esta na Torah novamente em Levitico 19:28, onde diz: "nem
no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o S-nhor", em algumas traduções consta assim:"e
escrita de tatuagem não poreis em vos; Eu sou o Eterno." Ou seja, isto esta na Bíblia, e se esta igreja
assim ensina, esta fazendo bem!
Uma outra questão foi em relação ao casamento entre familiares, no caso entre mãe e filho. Também me
falaram que isto consta na Bíblia como proibição. E realmente esta sim, na Torah, em Levitico 18:7, assim
segue: "Não descobriras a nudez de teu pai, nem tampouco a de tua mãe. ela é tua mãe, não descobrirás a
sua nudez." Claramente vemos a proibição de casamento entre mãe e filho escrito na Torah.
Agora analise esta questão: O crente pode passar navalha em seu rosto?
Todos me responderam que não importa, pois "isto não faz parte da doutrina de Cristo, pois não esta no
NT!" Ora, ai que mora o problema, pois na questão que fiz anteriormente sobre a tatuagem disseram que
não pode fazer pois esta na Bíblia, dai quando questionados sobre a raspar barba com navalha dizem que
isto não consta no NT, então não precisa ser seguido. Em um passe de mágica a forma de interpretação
muda COMPLETAMENTE! O mais engraçado é que a passagem que fala sobre a tatuagem esta LOGO
ABAIXO da passagem que fala sobre a barba:
"Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, e não raspareis a vossa barba. E
incisões por um morto não fareis em vossa carne, e escrita de tatuagem não poreis em vos; Eu sou o
Eterno." Levitico 19:27-28
Como pode isto? Então somente metade da passagem é válida?
Coerência ou incoerência teológica? Guia da Ruach HaKodesh ou dos "santos padres/podres"?
E o Shabat? Deve o crente observar?
Todos responderam que não, pois "não costa no NT, então não precisa!"
Ora, mas se em todas as outras questões feitas fizeram a afirmação "esta na Bíblia" referente a calça,
tatuagem, porque o Shabat não esta na Bíblia?
"Não, mas o Shabat não consta no NT, então não precisa!"
Ora, mas em relação a tatuagem não ha um versículo sequer no NT que trate de tal assunto, MUITO
MENOS em relação ao não uso de calça pelas mulheres, e bem menos ainda em relação a proibição
de casamento de mãe e filho!!! Alguns dizem que no "NT" não aparece Rav. Shaul (Paulo) observando
vários mandamentos então não precisa guarda-los. Ora, mas no "NT" não mostra Rav. Shaul (Paulo) nem
Yeshua fazendo xixi, então quer dizer que eles não faziam xixi?
Se for usar o padrão estabelecido de que "se não esta no NT então não precisa", então a doutrina desta
igreja e de muitas outras em relação a calça, tatuagem e centenas de outras coisas é totalmente furada,
pois não ha base BÍBLICA alguma! Mas somente nas "fervorosas pregações" dos pastores!
Quando falamos a respeito da Torah com muitos evangélicos, logo dizem que o que esta na Torah não
precisa, pois "isto é coisa de judeu".
Ora:
- A mulher não poder usar calça, não é "coisa de judeu"?
- Não poder fazer tatuagem, não é "coisa de judeu"?
- Não poder um filho se casar com a própria mãe, não é "coisa de judeu"?
Puxa, tudo isto não esta na Torah?
Ora se aquilo que esta na Torah não precisa ser seguido então porque pregar que um crente não pode ter
tatuagem?
Porque pregar que o crente não pode se casar com a própria mãe?
Ora, se no "NT" não consta uma passagem sequer dando o mandamento de observância do Shabat, então
o crente da mesma forma pode usar calça (mulher), se cortar todo, encher a cara de tatuagens de brincos
no rosto e se casar com a própria mãe! Tudo porque se "não costa no NT, então não precisa observar"!
"Não, mas a Lei é peso, e Cristo tirou o peso!"
Aquilo que eles chamam de "Cristo cumpriu a Lei", mas na prática usam como "Cristo aboliu a Torah", é
nada mais do que contrariar as suas próprias doutrinas.
Pois se no que eles chamam "Lei" consta da mulher não poder usar calça, do servo de YHWH não poder se
casar com a própria mãe, e então se "Cristo tirou o peso" (aquilo que eles mesmo chamam "Lei") então
pode se fazer tudo isto o que eles dizem que não pode.
O que quero mostrar é apenas a total incoerência teológica de tais igrejas!
Fica a questão:
Aquilo que é ensinado em tais denominações é porque esta na Bíblia ou porque um líder guiado por
doutrinas satânicas decidiu que era assim e disse que era "revelação"?
Pois se afirmarem que é porque esta na Bíblia então temos que cumprir tudo, não apenas o não uso da
calça pra mulher, o não poder se tatuar, mas todos os outros mandamentos da Torah como orar três vezes
ao dia, usar franjas na roupa, colocar a palavra de YHWH nos umbrais da porta, etc.
Ou eles, os lideres, vão admitir que suas doutrinas são humanas?
Creio que não irão optar por nenhuma. Não se darão a trabalho de aprender mais e muito menos admitir
que seus ensinos são mandamentos de homens.
Porque? Pois a soberba e arrogância do "aqui é a salvação" os cegou! Se esta lotando os templos, então
esta bom, a "obra esta crescendo"! Em time que esta ganhando não se mexe... Afinal, ali só ha boas
intenções, somente o amor ao próximo, não? Todos são "bonzinhos", somente ocorre boa intenção ali. Mas
ha um ditado que diz: O caminho para o inferno é cheio de boas intenções.
Em tais denominações não ha um padrão de interpretação bíblica.
Interpretam a Bíblia como um horóscopo, de acordo com o vento. E se é lido algo que contraria
interpretação anterior, como nos exemplos acima expostos da tatuagem e barba (claramente contraditório),
simplesmente ignoram, pois não querem se dar ao trabalho de investigar na Bíblia e fazer como a Kehila de
Bereia, que é bendita no livro de Atos, que verificava sempre para ver se aquilo que estava sendo pregado
era de acordo com a Torah ou não. Estes lideres que se dizem os "mais corretos" com suas pseudoortodoxias
fazem como o mundo faz. Ensinam mentiras e incoerências! Tem ouvidos para ouvir (a
Torah) mas não ouvem, tem olhos para ver (a Torah) mas não vêem, tem boca para falar (a Torah) mas não
falam! Estão agindo sobre o espírito do anti-Mashiach, ou espírito da anomia, ou seja o espírito da "violação
da Torah":
"Pois o ministério da IRA CONTRA A TORAH já opera; somente há um que agora o detém até que seja
posto fora; e então será revelado o INIMIGO DA TORAH, a quem o Senhor Yeshua matará como o sopro
de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse INIMIGO DA TORAH cuja vinda é
segundo a eficácia de Satan com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da
injustiça..." I Tessalonicenses 2 (aramaico) sobre a vinda do anti-Mashiach e a ação de seu espírito maligno
contra a Torah.
Quem ensina contra a observância da Torah esta ensinando segundo a eficácia de Satan!
Você que esta lendo esta mensagem, quando você fala da Torah, você incentiva sua observância ou diz
que é "baboseira"? Seja honesto, e admita se aquilo que você ensina as pessoas vem realmente do Alto!
Não engane a si mesmo...
"Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a violação da
Torah." Mt 7:23
O mesmo "mundo" que eles tanto falam ser contra, acha normal violar um Shabat, amanha acharão normal
um casamento entre pessoas de mesmo sexo.
O mesmo "mundo" que eles tanto falam ser contra, acha normal comer coisas impuras, amanha acharão
normal um casamento entre pessoas de mesmo sexo.
O mesmo "mundo" que eles tanto falam ser contra, acha normal dizer que a Torah não precisa ser
observada, amanha acharão normal um casamento entre pessoas de mesmo sexo.
O que meus netos acharão normal no futuro? O que é normal hoje? Não é violar a Torah, comer um
porquinho assado? Violar um Shabat? Adorar ídolos?
Se querem tanto ser diferentes do mundo porque não se diferenciam REALMENTE do mundo e não apenas
de forma intelectual?
Como um servo de YHWH fala: "Ser do mundo e viver no mundo, é fácil. Ser diferente e viver isolado, não é
tão difícil. Porém ser diferente e viver no mundo... esse é o desafio." Parafraseando o que ele disse: Ser do
mundo e viver violando a Torah é fácil. Observar a Torah e viver isolado, não é tão difícil. Porém observar a
Torah e viver no mundo... esse é o desafio!
Realmente os erros de Efrayim permanecem até hoje:
"Escrevi para ele [Efrayim] miríades de coisas da Minha Torah; mas isso é para ele como coisa
ESTRANHA" ("coisa de judeu?") Oséias 8:12
"O Meu povo esta sendo destruído (...) visto que te esqueceste da Torah de YHWH" Oséias 4:6
Que YHWH, Bendito Seja o Seu Nome, abra os olhos de Efrayim! O problema é quando Efrayim não quer
ver! Tem olhos mas não vêem...
"Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua Torah" Sl. 119:18
"Para sempre, ó YHWH, a Tua Palavra está firmada nos céus" Sl.119:89
"A soma da Tua Palavra é a verdade, e cada um das tuas justas ordenanças dura PARA SEMPRE!" Sl.
119:160
Selah
A "QUASE" VITÓRIA PROTESTANTE SOBRE ROMA
Por Frank M. Walker
Traduzido e Adaptado por Sha'ul Bentsion
INTRODUÇÃO
"E você conhecerá a verdade e a verdade te libertará." (Yochanan /João 8:38)
"Meu povo é destruído por falta de conhecimento… Porque você esqueceu a Torah do Seu Elohim,
Eu também esquecerei os seus filhos." (Hoshea / Oséias 4:6)
"… aqueles que observam os mandamentos de Elohim e têm a fé de Yeshua." (Apocalipse 14:12)
Muitas vezes na Bíblia, vemos que em determinados momentos o povo de Israel tinha tudo para
alcançar uma grande vitória. Porém, por causa de uma desobediência, acabavam sofrendo grandes derrotas.
Infelizmente, a história se repete e muitos nem se dão conta. A Reforma Protestante quase resgatou toda a
Igreja Romana das trevas, se não fosse por uma `pequena' teimosia em desobedecer ao Eterno…
O PAPEL DO SHABBAT
Parece que a grande maioria dos cristãos não percebe a grade importância que o Shabbat de YHWH
teve na história da igreja. Por exemplo, qual foi o papel do Shabbat na Reforma Protestante? Os reformadores
pagaram um preço terrível por rejeitarem o Shabbat e por rejeitarem-no como um artigo de revolta contra a
Igreja Católica. Eles claramente rejeitaram o descanso do Shabbat das Escrituras. Eles alegaram seguir
somente a palavra escrita (que hoje nos chamamos de Bíblia) e rejeitar as tradições da Igreja (o domingo é
uma tradição da Igreja Romana que não tem uma palavra sequer de autoridade divina)
Martinho Lutero não era o voraz advogado da verdade que muitos supõe. Ele é altamente aclamado
por alegar que só seguia as Escrituras. Ele disse que tinha descartado TODA a tradição. Ele e os (ditos)
reformadores foram confrontados no final do Concílio de Trento pelo Arcebispo de Reggio. O Arcebispo em
questão disse que todas as alegações de Lutero sobre descartar a tradição permaneciam falsos uma vez que
eles mantiveram o domingo. Esta rejeição do Shabbat também era uma tradição instituída pela Igreja Católica.
Esta mudança do dia de adoração não é encontrada em lugar algum nas Escrituras.
A VERDADE SOBRE O SHABBAT É APRESENTADA, MAS REJEITADA POR LUTERO
É quase que desconhecido na literatura cristã o nome de Andreas Rudoph B. Carlstadt, o grande
apóstolo do Shabbat. Ele nasceu em Carlstadt, Bavaria, em 1480 e morreu em Basel, Suíça, no dia 25 de
dezembro de 1541, com 61 anos. Carlstadt era um amigo pessoal e colega de trabalho de Martinho Lutero
mas o opunha fortemente na questão do Shabbat. Carlstadt observava o Shabbat e ensinava a sua observância.
O curioso é que o próprio Lutero afirmava que Carlstadt era mais entendido do que ele em teologia (A
História de Fifield, livro de referência dez, página 315).
A rejeição ao Shabbat no Concílio de Trento aleijou de uma só vez o avanço da Reforma. Isto será
cobrado por Elohim no Dia do Julgamento, uma vez que se não fosse isto, Roma poderia ter descartado toda a
sua tradição pagã e a Igreja Católica tal qual a conhecemos hoje não seria uma igreja apóstata.
O IDEAL DA FÉ PROTESTANTE
Neste ponto, vamos fazer referência ao eminente Dr. Dowling. No livro dois, capítulo um, de
`História do Romanismo', ele diz "A Bíblia, e somente a Bíblia, é a religião dos Protestantes." E "… não
importa a um genuíno protestante o quão cedo na história uma doutrina se originou caso não seja encontrada
na Bíblia… " Portanto se uma doutrina é proposta para aceitação dele, ele pergunta "Isto se encontra na
palavra inspirada? Foi ensinado pelo Senhor Yeshua HaMashiach ou pelos Seus Apóstolos?" Não importava a
ele se havia sido encontrada nos empoeirados escritos de um visionário do terceiro ou quarto séculos ou se
havia emergido da imaginação fértil de um visionário moderno do século dezenove. Se não fosse encontrada
nas sagradas Escrituras não era uma alegação válida a ser recebida como artigo em seu credo religioso.
Aquele que recebe uma única doutrina sequer, meramente pela autoridade da tradição, ao fazer isto deixa de
ser Protestante e cruza a linha que separa o Protestantismo do Papado e tira qualquer razão pela qual ele não
possa receber todas as doutrinas e cerimônias antigas do Romanismo.
LUTERO E CARLSTADT
Mais uma vez, o historiador italiano Gavassi diz "Uma enchente pagã fluiu dentro da igreja
carregando consigo costumes, práticas, e ídolos" (Palestras de Gavazzi, página 290)
Para citar outra autoridade, o Dr. White, Bispo de Ely "A observância do Shabbat estava sendo
reavivada na época de Lutero por Carlstadt" (Tratado do Shabbat, página 8. E do livro A Vida de Lutero, de
Sears, página 402: "Carlstadt acreditava na autoridade divina que havia no Shabbat do Antigo Testamento."
De fato Lutero disse (em seu livro `Contra os Profetas Celestiais'): "Realmente, se Carlstadt
escrevesse mais sobre o Shabbat, o domingo teria que dar lugar, e o Shabbat – isto é, o sábado – deveria ser
guardado."
Carlstadt disse: "A respeito das cerimônias da Igreja, todas aquelas que não tem base na Bíblia
devem ser rejeitadas."
Lutero já disse o contrário "Tudo aquilo que não é contra a Escritura é a favor dela."
"De jeito nenhum" disse Carlstadt. "Nós estamos sujeitos à Bíblia, e ninguém pode decidir com base
nos desejos do próprio coração" (A Vida de Lutero, de Sears, páginas 401 e 402)
"Não se pode negar que em muitos aspectos Carlstadt estava mais adiantado que Lutero, e sem
dúvida alguma a Reforma deve a ele muita coisa boa pela qual ele não recebe crédito" (A Enciclopédia de
McClintok e Strong, volume 2, página 123). As referências do próximo parágrafo foram extraídas do livro
História do Shabbat, de Andrews. Veja a terceira edição, de 1887:
"Do ensinamento Católico (Romano) de justificação por obras de penitência, etc., Lutero foi ao
extremo oposto da justificação sem obras. Esta idéia o fez negar que a Epístola de Tiago fosse inspirada, pois
Tiago disse "A fé, sem obras, é morta, estando sozinha." Esta atitude é similar à que fez com que Lutero
descartasse o verdadeiro Shabbat."
Leia o que Draper diz: "Próximo ao final da vida de Lutero, parecia que a única perspectiva para o
poder do papado era a ruína total. Porém atualmente, em 1930, de trezentos milhões de cristãos, mais da
metade jura fidelidade à Roma… Quase que por mágica a Reforma parou de avançar. Roma não só conseguiu
pôr em cheque a sua proliferação como também reobteve uma boa porção daquilo que havia perdido"
(Desenvolvimento Intelectual, volume 2, página 216)
PROTESTANTISMO PERTO DA VITÓRIA MAS DERROTADO POR ROMA, POR QUE?
Mas o que causou esta grande derrota para o Protestantismo. Se analisarmos o Concílio de Trento
(realizado no noroeste da Itália, e que durou de 1545 a 1563 DC). Podemos ver o que disse outro escritor
famoso, G.E. Fifield, DD, em seu tratado incomparável "A Origem do Domingo como uma Festa Cristã (?)"
(Publicada pela Sociedade Americana do Tratado Sabatista). Para citar o Dr. Fifield: "No Concílio de Trento,
convocado pela Igreja Romana para lidar com as questões levantadas pela Reforma, ficou primeiramente
aparente a possibilidade de que o Concílio seria a favor das doutrinas reformistas ao invés de contra às
mesmas, tão profunda foi a impressão causada até tal ponto pelos ensinamentos de Lutero e de outros
reformadores."
O representante do Papa chegou a escrever a ele dizendo que havia uma "forte tendência a deixar a
tradição de lado, e tornar as Escrituras o único padrão de apelo." A questão foi debatida diariamente, e ficou
aguardando o seu desenrolar. Finalmente, o Arcebispo de Reggio virou o Concílio contra a Reforma através
do seguinte argumento: "Os Protestantes alegam se embasarem apenas na palavra escrita; eles professam ter
como padrão de fé apenas as Escrituras. Eles justificam sua revolta com a petição de que a Igreja se tornou
apóstata da palavra escrita e segue tradições. Só que a alegação Protestante de que eles se baseiam apenas na
palavra escrita não é verdadeira."
POR QUE A ALEGAÇÃO DE LUTERO NÃO ERA VERDADEIRA?
O Arcebispo continuou: "A profissão deles de se aterem às Escrituras somente como base de fé é
falsa. A prova: A palavra escrita determina de forma explícita a observância do Shabbat. Eles não observam o
Shabbat, mas o rejeitam. Se eles realmente se ativessem somente às Escrituras como padrão, eles estariam
observando o Shabbat conforme é determinado ao longo das Escrituras. Porém eles não só rejeitam a
observância do Shabbat como determinado pela palavra escrita, mas também adotaram, e praticam, a
observância do domingo, para o qual eles têm apenas a tradição da Igreja (Católica)."
O Arcebispo disse ainda: "Consequentemente, a alegação de que as Escrituras sozinhas são o padrão
é falha e a doutrina de que `As Escrituras e a tradição são essenciais' é estabelecida de forma plena, sendo os
juízes disto os próprios Protestantes." Veja As Procedências do Concílio de Trento, confissão de Augsburg e o
artigo na Enciclopédia Britannica `Trento, Concílio de'. Com este argumento do Arcebisto de Reggio, o lado
que defendia ter somente as Escrituras se rendeu, e o Concílio de uma só vez e de forma UNÂNIME
condenou o Protestantismo e a Reforma inteira. E prossegui emitindo decretos visando deter o seu progresso.
OS RESULTADOS DA REFORMA
E quais foram os resultados da Reforma? Vamos ouvir o que Myers tem a dizer: "O resultado da
revolta, a grosso modo, foi a separação da Igreja Católica Romana das nações do Norte, isto é, da parte norte
da Alemanha, parte da Suíça e da Holanda, e da Dinamarca, Noruega, Suécia, Inglaterra e Escócia. As nações
latinas, Itália, Franca e Espanha, além da Irlanda céltica, permaneceram aderidas à velha Igrejas." Os
resultados espirituais da revolta de acordo com o mesmo autor: "De um ponto de vista espiritual ou religioso,
metade da Cristandade Ocidental foi perdida pela Igreja Católica"
Disto vemos que a Igreja Romana, atacada pelos Reformadores, quase sofreu sua derrota total. Mas
se recuperou! Os reformadores haviam dado um golpe mortal no Papado. Infelizmente, os próprios
reformadores cicatrizaram esta ferida ao ignorarem a Palavra do Eterno e se aterem ao domingo, o Dia de
Roma, e a outra tradições papais. Eles rejeitaram o Shabbat das Escrituras
--Compilado de um tratado de Raymond Clark, DD
Conclusão: "Saia dela, meu povo… " – Apocalipse 18:4-8
Neste últimos dias, o Eterno tem dado o solene aviso de nos livrarmos das tradições que grande parte
dos primeiros líderes protestantes carregaram da Igreja Católica Romana. A tentativa de mudar o mandamento
do Shabbat (Êxodo 20:8-11) é apenas parte da lista. A tradição é adorar em vão. Vide Marcos 7:6-13. A
obediência é crucial em nosso relacionamento com o Eterno

O que é Iniquidade - Anomia? O fardo dos fariseus era a “Lei de Elohim”!?

O Eterno sabia _ através da Sua Onisciência, Onipresença e Onipotência _ que o inimigo de nossas almas se utilizaria de grupos que viriam ap...