terça-feira, 24 de maio de 2011

O NOME JESUS E SUA ORIGEM ANT-SEMITA

4.1. A Septuaginta, tradução dos livros do Antigo Testamento do hebraico para o grego, feita no terceiro século antes de Cristo, tornou os escritos bíblicos acessíveis não só aos judeus da diáspora -- que viviam fora de Israel e já não falavam nem entendiam o hebraico nem o aramaico --, mas também a todos os cidadãos do mundo greco-romano de então. Por outro lado, diminuiu a força dos nomes bíblicos, porque, pela transliteração, retirou deles o poder de seu significado.As genealogias, por exemplo, perderam toda a sua importância, a ponto de muitos de nós, hoje, fazermos apenas uma leitura superficial delas, ou mesmo saltá-las, quando realizamos o chamado Ano Bíblico. Mas veja que jóias preciosas podem ser encontradas em listas de nomes que não parecem ter importância alguma:Na genealogia de Adão a Noé, que encontramos em Gênesis 5, cada nome tem um significado e a seqüência destes nomes constitui uma profecia incrivelmente minuciosa acerca da Salvação Divina.
Adão = Homem, feito de barro
Sete = é apontado como
Enos = mortal
Cainã = triste e infeliz
Maalalel = o Deus bendito
Jarede = irá descer
Enoque = ensinar
Metusalém = em sua morte irá trazer
Lameque = aos desesperados
Noé = conforto e descanso. Quando você lê o significado desses nomes, você descobre que eles formam a seguinte frase: "O homem, feito de barro, é pontado como mortal, triste e infeliz. O Deus bendito irá descer e ensina e, em sua morte, irá trazer aos desesperados, conforto e descanso." O Evangelho em uma genealogia! Essa preciosidade foi descoberta por uma judia chamada Sharon Allen. Quando percebeu essa mensagem divina oculta numa genealogia, ela imediatamente se converteu ao cristianismo e aceitou Yehoshua como o Messias prometido e seu Salvador pessoal. 4.2. A transliteração do nome Yehoshua (reduzida para "Yeshua") ou Josué, para  (Iesous, em grego), embora já fosse comum no terceiro século antes de Cristo, permitiu que o nome Iesous fosse ridicularizado, uma vez que sua sonoridade da palavra em grego associada ao significado hebraico de suas sílabas possibilitava o trocadilho Iê (Deus)+Sus (Cavalo). Os romanos não faziam diferença entre judeus e cristãos. Para eles, o cristianismo era apenas uma ramificação do judaísmo. Por isso, para ridicularizar os cristãos, faziam piada com eles, afirmando que adoravam a um deus-cavalo! Como evidência disto, podemos citar a inscrição de zombaria contra um cristão chamado Alexamenos, que viveu no segundo século. Foi encontrada em 1857, na cidade de Roma, no muro de um dos palácios dos Césares na colina Palatina.
Essa caricatura maldita mostra um homem ajoelhado diante de uma cruz, em que se vê alguém com cabeça de cavalo (burro ou asno) crucificado! E logo abaixo, a frase: "Alexamenos adora o seu deus!"
Os romanos, que, segundo os historiadores, zombavam dos judeus, dizendo que haviam fugido do Egito seguindo um burrico de nome Moisés, agora ridicularizavam também os cristãos, afirmando que adoravam a um deus, metade homem, metade cavalo, que morreu crucificado.A calúnia da onolatria ou culto-ao-asno, atribuída por Tácito e outros escritores aos judeus foi assim trasferida posteriormente aos cristãos (Tac., I, v, 3, 4; Tert., Apol., xvi; "Ad nationes", I, 14).Tertuliano conta que, por volta do ano 197, um judeu apóstata desfilou pelas ruas de Cartago carregando um boneco, com orelhas e cascos de burro, vestido com um roupão. E ele dizia que aquela monstruosidade era o Deus Christianorum Onocoetes (o deus dos cristãos, gerado por um burro.) "E as pessoas acreditavam na infâmia desse judeu", diz Tertuliano.4.3. Zombarias desse tipo somadas a medidas repressivas contra o cristianismo por conta de sua associação com o judaísmo levaram cristãos do primeiro e segundo séculos a trocar definitivamente o nome Yehoshua com toda a sua significação pelo equivalente greco-latino ou Iesus.Como revela o pesquisador Samuele Bacchiocchi, as freqüentes revoltas judaicas que explodiram em muitas partes do império, a partir do ano 66, provocadas pelo ressurgimento de suas expectativas messiânicas, levaram o governo romano a impor graves medidas repressivas de natureza militar, política e fiscal, contra os judeus."Essas medidas repressivas foram intensamente sentidas em Roma, conforme indicam comentários antijudaicos sarcásticos de escritores como Sêneca (morto em 65 AD), Pérsio (34-62 AD), Petrônio (ca. 66 AD), Quintiliano (ca. 35-100 A.D ), Marcial (ca. 40-104 AD ), Plutarco (ca. 46-119 AD), Juvenal (125 AD) e Tácito (ca. 55-120 AD), todos eles habitantes de Roma na maior parte da vida profissional," informa Bacchiocchi. Esses homens zombavam dos judeus racial e culturalmente, citando a observância do sábado e a circuncisão como exemplos de desprezíveis superstições, e, como já vimos, por causa também do suposto culto judaico-cristão a um deus-cavalo, ou deus-asno.As medidas repressivas antijudaicas atingiram seu clímax durante o reinado do Imperiador Adriano, que foi do ano 117 a 138. "Após três anos de sangrentas lutas (132-135 AD), a fim de esmagar a segunda grande rebelião judaica palestina — chamada segundo o seu líder, a revolta de Barcocheba — o Imperador Adriano em 135 AD adotou as medidas mais repressivas contra os judeus. Ele não só destruiu a cidade de Jerusalém e proibiu que os judeus entrassem na cidade, como também pôs fora da lei categoricamente a prática da religião judaica em geral", conta Bacchiocchi."Para evitar a repressiva legislação romana antijudaica, muitos cristãos seguiram a liderança do bispo de Roma em mudar o tempo e o modo de observar as duas instituições associadas ao judaísmo, ou seja, o sábado e a Páscoa. O sábado foi mudado para o domingo, e a Páscoa para o Domingo de Páscoa." Além disso, gradualmente foi também abandonado o uso do nome hebraico Yehoshua para referir-se ao Salvador. "O que facilitou essas mudanças históricas foi o desenvolvimento na época de uma teologia 'cristã' de desprezo pelos judeus. Todo um corpo de literatura cristã Adversus Judaeos ('Contra todos os judeus') começou a aparecer nesse tempo. Seguindo o rumo de escritores pagãos, autores cristãos desenvolveram uma teologia 'cristã' de separação dos judeus e desprezo a eles", esclarece Bacchiocchi.As motivações antijudaicas são claramente expressas por Constantino em sua carta aos bispos cristãos no Concílio de Nicéia (325 AD), revela Bacchiocchi. Nesse documento, "o Imperador insta todos os cristãos a seguirem o exemplo da Igreja de Roma por adotar o Domingo de Páscoa, porque, escreveu ele, 'não devemos portanto ter nada em comum com os judeus, pois o Salvador nos mostrou outro caminho. ... Ao unanimemente adotarmos esta maneira desejamos, queridíssimos irmãos, separar-nos da detestável companhia dos judeus'."A adoção definitiva no nome Iesous (grego) ou Iesus (latim) em substituição ao hebraico Yehoshua resulta, portanto, da mesma apostasia que deu origem à observância do domingo em lugar do sábado. 4.4. O uso do nome Jesus de maneira exclusiva pela Igreja Cristã revela uma tentativa de ruptura de nossos laços com o judaísmo. É como se prentendêssemos que o Novo Testamento nada tenha a ver com o Antigo Testamento, uma tentativa de descontinuidade do Plano da Salvação, que se desenvolve desde a queda no Éden.
Continua.

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