quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A "QUASE" VITÓRIA PROTESTANTE SOBRE ROMA

A "QUASE" VITÓRIA PROTESTANTE SOBRE ROMA
Por Frank M. Walker
Traduzido e Adaptado por Sha'ul Bentsion
INTRODUÇÃO
"E você conhecerá a verdade e a verdade te libertará." (Yochanan /João 8:38)
"Meu povo é destruído por falta de conhecimento… Porque você esqueceu a Torah do Seu Elohim,
Eu também esquecerei os seus filhos." (Hoshea / Oséias 4:6)
"… aqueles que observam os mandamentos de Elohim e têm a fé de Yeshua." (Apocalipse 14:12)
Muitas vezes na Bíblia, vemos que em determinados momentos o povo de Israel tinha tudo para
alcançar uma grande vitória. Porém, por causa de uma desobediência, acabavam sofrendo grandes derrotas.
Infelizmente, a história se repete e muitos nem se dão conta. A Reforma Protestante quase resgatou toda a
Igreja Romana das trevas, se não fosse por uma `pequena' teimosia em desobedecer ao Eterno…
O PAPEL DO SHABBAT
Parece que a grande maioria dos cristãos não percebe a grade importância que o Shabbat de YHWH
teve na história da igreja. Por exemplo, qual foi o papel do Shabbat na Reforma Protestante? Os reformadores
pagaram um preço terrível por rejeitarem o Shabbat e por rejeitarem-no como um artigo de revolta contra a
Igreja Católica. Eles claramente rejeitaram o descanso do Shabbat das Escrituras. Eles alegaram seguir
somente a palavra escrita (que hoje nos chamamos de Bíblia) e rejeitar as tradições da Igreja (o domingo é
uma tradição da Igreja Romana que não tem uma palavra sequer de autoridade divina)
Martinho Lutero não era o voraz advogado da verdade que muitos supõe. Ele é altamente aclamado
por alegar que só seguia as Escrituras. Ele disse que tinha descartado TODA a tradição. Ele e os (ditos)
reformadores foram confrontados no final do Concílio de Trento pelo Arcebispo de Reggio. O Arcebispo em
questão disse que todas as alegações de Lutero sobre descartar a tradição permaneciam falsos uma vez que
eles mantiveram o domingo. Esta rejeição do Shabbat também era uma tradição instituída pela Igreja Católica.
Esta mudança do dia de adoração não é encontrada em lugar algum nas Escrituras.
A VERDADE SOBRE O SHABBAT É APRESENTADA, MAS REJEITADA POR LUTERO
É quase que desconhecido na literatura cristã o nome de Andreas Rudoph B. Carlstadt, o grande
apóstolo do Shabbat. Ele nasceu em Carlstadt, Bavaria, em 1480 e morreu em Basel, Suíça, no dia 25 de
dezembro de 1541, com 61 anos. Carlstadt era um amigo pessoal e colega de trabalho de Martinho Lutero
mas o opunha fortemente na questão do Shabbat. Carlstadt observava o Shabbat e ensinava a sua observância.
O curioso é que o próprio Lutero afirmava que Carlstadt era mais entendido do que ele em teologia (A
História de Fifield, livro de referência dez, página 315).
A rejeição ao Shabbat no Concílio de Trento aleijou de uma só vez o avanço da Reforma. Isto será
cobrado por Elohim no Dia do Julgamento, uma vez que se não fosse isto, Roma poderia ter descartado toda a
sua tradição pagã e a Igreja Católica tal qual a conhecemos hoje não seria uma igreja apóstata.
O IDEAL DA FÉ PROTESTANTE
Neste ponto, vamos fazer referência ao eminente Dr. Dowling. No livro dois, capítulo um, de
`História do Romanismo', ele diz "A Bíblia, e somente a Bíblia, é a religião dos Protestantes." E "… não
importa a um genuíno protestante o quão cedo na história uma doutrina se originou caso não seja encontrada
na Bíblia… " Portanto se uma doutrina é proposta para aceitação dele, ele pergunta "Isto se encontra na
palavra inspirada? Foi ensinado pelo Senhor Yeshua HaMashiach ou pelos Seus Apóstolos?" Não importava a
ele se havia sido encontrada nos empoeirados escritos de um visionário do terceiro ou quarto séculos ou se
havia emergido da imaginação fértil de um visionário moderno do século dezenove. Se não fosse encontrada
nas sagradas Escrituras não era uma alegação válida a ser recebida como artigo em seu credo religioso.
Aquele que recebe uma única doutrina sequer, meramente pela autoridade da tradição, ao fazer isto deixa de
ser Protestante e cruza a linha que separa o Protestantismo do Papado e tira qualquer razão pela qual ele não
possa receber todas as doutrinas e cerimônias antigas do Romanismo.
LUTERO E CARLSTADT
Mais uma vez, o historiador italiano Gavassi diz "Uma enchente pagã fluiu dentro da igreja
carregando consigo costumes, práticas, e ídolos" (Palestras de Gavazzi, página 290)
Para citar outra autoridade, o Dr. White, Bispo de Ely "A observância do Shabbat estava sendo
reavivada na época de Lutero por Carlstadt" (Tratado do Shabbat, página 8. E do livro A Vida de Lutero, de
Sears, página 402: "Carlstadt acreditava na autoridade divina que havia no Shabbat do Antigo Testamento."
De fato Lutero disse (em seu livro `Contra os Profetas Celestiais'): "Realmente, se Carlstadt
escrevesse mais sobre o Shabbat, o domingo teria que dar lugar, e o Shabbat – isto é, o sábado – deveria ser
guardado."
Carlstadt disse: "A respeito das cerimônias da Igreja, todas aquelas que não tem base na Bíblia
devem ser rejeitadas."
Lutero já disse o contrário "Tudo aquilo que não é contra a Escritura é a favor dela."
"De jeito nenhum" disse Carlstadt. "Nós estamos sujeitos à Bíblia, e ninguém pode decidir com base
nos desejos do próprio coração" (A Vida de Lutero, de Sears, páginas 401 e 402)
"Não se pode negar que em muitos aspectos Carlstadt estava mais adiantado que Lutero, e sem
dúvida alguma a Reforma deve a ele muita coisa boa pela qual ele não recebe crédito" (A Enciclopédia de
McClintok e Strong, volume 2, página 123). As referências do próximo parágrafo foram extraídas do livro
História do Shabbat, de Andrews. Veja a terceira edição, de 1887:
"Do ensinamento Católico (Romano) de justificação por obras de penitência, etc., Lutero foi ao
extremo oposto da justificação sem obras. Esta idéia o fez negar que a Epístola de Tiago fosse inspirada, pois
Tiago disse "A fé, sem obras, é morta, estando sozinha." Esta atitude é similar à que fez com que Lutero
descartasse o verdadeiro Shabbat."
Leia o que Draper diz: "Próximo ao final da vida de Lutero, parecia que a única perspectiva para o
poder do papado era a ruína total. Porém atualmente, em 1930, de trezentos milhões de cristãos, mais da
metade jura fidelidade à Roma… Quase que por mágica a Reforma parou de avançar. Roma não só conseguiu
pôr em cheque a sua proliferação como também reobteve uma boa porção daquilo que havia perdido"
(Desenvolvimento Intelectual, volume 2, página 216)
PROTESTANTISMO PERTO DA VITÓRIA MAS DERROTADO POR ROMA, POR QUE?
Mas o que causou esta grande derrota para o Protestantismo. Se analisarmos o Concílio de Trento
(realizado no noroeste da Itália, e que durou de 1545 a 1563 DC). Podemos ver o que disse outro escritor
famoso, G.E. Fifield, DD, em seu tratado incomparável "A Origem do Domingo como uma Festa Cristã (?)"
(Publicada pela Sociedade Americana do Tratado Sabatista). Para citar o Dr. Fifield: "No Concílio de Trento,
convocado pela Igreja Romana para lidar com as questões levantadas pela Reforma, ficou primeiramente
aparente a possibilidade de que o Concílio seria a favor das doutrinas reformistas ao invés de contra às
mesmas, tão profunda foi a impressão causada até tal ponto pelos ensinamentos de Lutero e de outros
reformadores."
O representante do Papa chegou a escrever a ele dizendo que havia uma "forte tendência a deixar a
tradição de lado, e tornar as Escrituras o único padrão de apelo." A questão foi debatida diariamente, e ficou
aguardando o seu desenrolar. Finalmente, o Arcebispo de Reggio virou o Concílio contra a Reforma através
do seguinte argumento: "Os Protestantes alegam se embasarem apenas na palavra escrita; eles professam ter
como padrão de fé apenas as Escrituras. Eles justificam sua revolta com a petição de que a Igreja se tornou
apóstata da palavra escrita e segue tradições. Só que a alegação Protestante de que eles se baseiam apenas na
palavra escrita não é verdadeira."
POR QUE A ALEGAÇÃO DE LUTERO NÃO ERA VERDADEIRA?
O Arcebispo continuou: "A profissão deles de se aterem às Escrituras somente como base de fé é
falsa. A prova: A palavra escrita determina de forma explícita a observância do Shabbat. Eles não observam o
Shabbat, mas o rejeitam. Se eles realmente se ativessem somente às Escrituras como padrão, eles estariam
observando o Shabbat conforme é determinado ao longo das Escrituras. Porém eles não só rejeitam a
observância do Shabbat como determinado pela palavra escrita, mas também adotaram, e praticam, a
observância do domingo, para o qual eles têm apenas a tradição da Igreja (Católica)."
O Arcebispo disse ainda: "Consequentemente, a alegação de que as Escrituras sozinhas são o padrão
é falha e a doutrina de que `As Escrituras e a tradição são essenciais' é estabelecida de forma plena, sendo os
juízes disto os próprios Protestantes." Veja As Procedências do Concílio de Trento, confissão de Augsburg e o
artigo na Enciclopédia Britannica `Trento, Concílio de'. Com este argumento do Arcebisto de Reggio, o lado
que defendia ter somente as Escrituras se rendeu, e o Concílio de uma só vez e de forma UNÂNIME
condenou o Protestantismo e a Reforma inteira. E prossegui emitindo decretos visando deter o seu progresso.
OS RESULTADOS DA REFORMA
E quais foram os resultados da Reforma? Vamos ouvir o que Myers tem a dizer: "O resultado da
revolta, a grosso modo, foi a separação da Igreja Católica Romana das nações do Norte, isto é, da parte norte
da Alemanha, parte da Suíça e da Holanda, e da Dinamarca, Noruega, Suécia, Inglaterra e Escócia. As nações
latinas, Itália, Franca e Espanha, além da Irlanda céltica, permaneceram aderidas à velha Igrejas." Os
resultados espirituais da revolta de acordo com o mesmo autor: "De um ponto de vista espiritual ou religioso,
metade da Cristandade Ocidental foi perdida pela Igreja Católica"
Disto vemos que a Igreja Romana, atacada pelos Reformadores, quase sofreu sua derrota total. Mas
se recuperou! Os reformadores haviam dado um golpe mortal no Papado. Infelizmente, os próprios
reformadores cicatrizaram esta ferida ao ignorarem a Palavra do Eterno e se aterem ao domingo, o Dia de
Roma, e a outra tradições papais. Eles rejeitaram o Shabbat das Escrituras
--Compilado de um tratado de Raymond Clark, DD
Conclusão: "Saia dela, meu povo… " – Apocalipse 18:4-8
Neste últimos dias, o Eterno tem dado o solene aviso de nos livrarmos das tradições que grande parte
dos primeiros líderes protestantes carregaram da Igreja Católica Romana. A tentativa de mudar o mandamento
do Shabbat (Êxodo 20:8-11) é apenas parte da lista. A tradição é adorar em vão. Vide Marcos 7:6-13. A
obediência é crucial em nosso relacionamento com o Eterno.

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